Ary Barroso, compositor brasileiro, criador do gênero samba-exaltação.

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Ary Barroso, compositor brasileiro, criador do gênero samba-exaltação.

Nascido em 6 de novembro de 1903, Ary foi o maior nome do gênero samba-exaltação e principal compositor da chamada Era do Rádio no Brasil. É o responsável por muitos clássicos da música nacional como “Rancho Fundo” (parceria com Lamartine Babo), “Camisa Amarela” e “Aquarela do Brasil”, praticamente um hino alternativo para o país e para a MPB.

Ary de Resende Barroso é considerado um dos maiores compositores de música popular brasileira. Empregado em 1923 como pianista no Largo Carioca logo após reprovar no segundo ano de seu curso de Direito, Barroso começa então a se destacar no contexto boêmio do Rio de Janeiro.

Anos depois, o músico retoma os estudos e passa finalmente a fazer composições. Contratado em 1926 pela orquestra do maestro Spina, de São Paulo, Ary compõe “Amor de mulato”, “Cachorro quente” e “Oh! Nina”. O brasileiro é responsável também por criar o gênero samba-exaltação ao escrever “Aquarela do Brasil”, canção que se popularizou na voz de Carmen Miranda.

A partir dos anos 1930, Ary Barroso (1903-1964) ficou conhecido não apenas por seus sucessos musicais, mas também pela fama de carrasco que construiu ao comandar o programa Calouros em Desfile. Ranzinza, reprovou nomes como Luiz Gonzaga, Nelson Gonçalves e Ângela Maria, além de ridicularizar tantos outros, como Elza Soares e Vinicius de Moraes.

Ironia do destino, o mineiro de Ubá, autor de clássicos como Aquarela do Brasil, No Rancho Fundo, Risque, Na Baixa do Sapateiro, Morena Boca de Ouro, É Luxo Só e Pra Machucar Meu Coração, não poderia imaginar que sua obra seria de certa forma “gongada” por seu próprio país durante muito tempo.

Ainda criança, Ary Barroso ficou órfão de pai e mãe e foi adotado pela avó materna, Gabriela Augusta de Resende. Mineiro de Ubá, Ary Barroso trabalhou em um cinema e em uma loja até completar 17 anos, quando recebeu uma herança de um tio e decidiu viajar para o Rio de Janeiro para estudar, na época, na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro.

Porém, rapidamente se rendeu à boemia, foi reprovado na faculdade e abandonou os estudos no segundo ano. Foi aí que se tornou pianista no Cinema Íris e no Teatro Carlos Gomes, no Centro da Cidade Maravilhosa. O compositor de “Aquarela do Brasil” tocou em diversas orquestras e tornou a música, um hobby desde os 15 anos – quando começou a compor – sua profissão no fim da década de 20.

Contratado para a orquestra do maestro Spina, em São Paulo, tocava piano e também compunha. Em parceria com Lamartine Babo, com quem estudou Direito, escreveu “Amor de mulato”, “Cachorro Quente” e “Oh! Nina”, antes de se graduar em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1929, mesmo ano em que compôs “Vamos deixar de intimidades”, seu primeiro sucesso.

Nos anos 30, surgiu “Aquarela do Brasil” e também suas primeiras músicas para o teatro. Já na década seguinte, ganhou um diploma da Academia de Ciências e Arte Cinematográfica de Hollywood pela aclamada trilha sonora do filme “Você já foi à Bahia?”, de Walt Disney.

Também nesta década o músico participou do concurso de músicas carnavalescas promovido pela Casa Edison. Nesta competição, Ary Barroso escreveu a marchinha vencedora chamada “Dá nela”, que também se tornou um grande sucesso do carnaval daquele ano. Posteriormente a música foi gravada por Francisco Alves.

Ary Barroso alcançou prestígio como compositor e teve várias músicas gravadas por artistas conhecidos da época, como Elisa Coelho, Sílvio Caldas e a internacionalmente famosa Carmen Miranda. Em 1933 ele fez sucesso mais uma vez com marchinha carnavalesca e samba-canção, dessa vez “Segura esta mulher” e “Maria”, que embalaram a alegria dos foliões. “Maria” fez tanto sucesso que foi regravada por Sílvio Caldas e tornou-se um clássico.

Três anos depois, o músico lançou um dos seus maiores sucessos, o samba “No tabuleiro da baiana”. A música foi encomendada por Jardel Jércolis para fazer parte da peça “Maravilhosa” na voz de Déo Maia e Grande Otelo. No mesmo ano, a música entrou também no espetáculo “É batatal”, desta vez cantada por Oscarito e Isa Rodrigues. Antes de entrar no teatro, porém, Carmen Miranda e Luís Barbosa fizeram sucesso com a canção. Em 1980, grandes nomes da MPB como Caetano Veloso, Gal Costa, João Gilberto e Maria Bethânia gravaram o samba.

Ainda na década de 30, Ary encontrou uma nova profissão: a de radialista. Ele comandou o programa “A hora do calouro”, na Rádio Cruzeiro do Sul, e ainda atuou como um narrador esportivo nada imparcial durante os jogos. Torcedor do Flamengo, visivelmente narrava os gols do seu time de coração de uma maneira bem mais efusiva e animada. Além disso, tornou a gaita uma marca registrada, pois tocava o instrumento a cada gol marcado.

Mesmo se dedicando a outras atividades, seguiu com sambas como “Folha Morta”, “Ocultei” e “Risque”. Ao todo, compôs 264 canções. Por toda a sua contribuição à cultura brasileira, recebeu, em 1955, junto com Heitor Villa-Lobos, a Ordem Nacional do Mérito. Ary Barroso faleceu nove anos depois, em 1964, de cirrose hepática, deixando um grande legado.

O monumento em homenagem a Ary Barroso, no Rio de Janeiro, fica no Leme, Zona Sul da cidade. A estátua, junto de uma mesa de bar e dois bancos, foi feita por Leo Santana, mesmo artista que esculpiu o monumento em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade.

(Fonte: http://www.tecmundo.com.br/google/46739-doogle-celebra-os-110-anos-de-ary-barroso – TECMUNDO/ Por Ramon Voltolini em 7 de Novembro de 2013)

(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer – Notícias – Cultura – Lucas Nobile – Especial para o Estado – O Estado de S. Paulo – 07 de outubro de 2013)

(Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2013/11 – NOTÍCIAS/ Colaborou: Milena Pereira – Thiago Barros/ Para o TechTudo – 07/11/2013)

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