Moysés Weltman, foi autor da lendária radionovela dos anos 50 e 60 Jerônimo, O Herói do Sertão.

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Moysés Weltman (Rio de Janeiro, 1932 – Rio de Janeiro, 17 de setembro de 1985), radialista, novelista, roteirista, quadrinista. Autor da lendária radionovela dos anos 50 e 60 Jerônimo, O Herói do Sertão.

As aventuras do paladino da justiça pelos interiores de um País ainda muito rural, um homem misterioso que lutava contra poderosos coronéis em defesa dos oprimidos, sempre na companhia de seu ajudante Moleque Saci e de sua eterna noiva Aninha, foram ao ar na Rádio Nacional de 1953 a 1967. Era sucesso absoluto não só entre as crianças e adolescentes, mas também entre o público adulto.

A narração era de Mário Lago e a transmissão era de segunda a sexta, pontualmente às 18h35. O valente Jerônimo tinha a voz do ator Milton Rangel, dublador de astros de Hollywood como Henry Fonda, Gregory Peck e Gene Kelly, e eletrizava a audiência montado em seu cavalo Príncipe.

Da radionovela, que teve 3.276 capítulos e foi influenciada pelos westerns norte-americanos, surgiram, três anos depois, os quadrinhos, também escritos por Weltman e com desenhos de Edmundo Rodrigues. Foram feitas também duas versões para a TV: uma em 1972, produzida pela TV Tupi, e outra em 1984, do SBT.

Weltman é autor de duas novelas dos primórdios da TV Globo, Rosinha do Sobrado (a primeira novela das 19 horas, exibida em 1965, ano da fundação da emissora) e Padre Tião (de 1966) Fez também outras novelas de rádio e um seriado em 13 episódios sobre momentos importantes da história do Brasil.

Além do que está no Arquivo Nacional, há material na Cinemateca Brasileira, na TV Globo e na TV Cultura. Os filhos querem reunir tudo e criar um site sobre Moysés Weltman com todo o acervo catalogado, biografia, imagens e depoimentos sobre ele.

Pioneiro do rádio, da TV e dos quadrinhos, Weltman teve uma carreira de 40 anos iniciada na Rádio Nacional. Depois passaria pela Mayrink Veiga, Tupi e Clube do Brasil. Chegou à TV pela Tupi, Canal 6, Canal 13, Continental e participou da fundação de três emissoras: Globo, TVS e Manchete.

Ele colaborou com programas de grande audiência, como o Grande Teatro e o Teatrinho Troll, na Tupi. Primeira produção dramatúrgica da Globo, a minissérie Rua da Matriz, da qual era um dos autores, foi ao ar em seu primeiro dia de transmissão, 26 de abril de 1965.

Se hoje o justiceiro está aposentado, suas peripécias vivem na memória de quem era jovem nas décadas de 50 e 60. Na internet, gibis do herói, que foram produzidos por dez anos, são vendidos como raridades.

(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer – Notícias > Cultura/ Roberta Pennafort – O Estado de S. Paulo – RIO DE JANEIRO – 23 de novembro de 2013)
(Fonte: Veja, 25 de setembro de 1985 – Edição 890 – Datas – Pág; 114)

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