Gilvan Samico (Recife, 15 de junho de 1928 – Recife, 25 de novembro de 2013), artista plástico, foi integrante do Movimento Armorial.
Samico foi pintor, desenhista, professor e gravador, conhecido principalmente pelas xilogravuras, a arte de talhar desenhos em madeira e imprimir no papel ou em outro suporte. Integrou o Movimento Armorial, com Ariano Suassuna.
Nascido na capital pernambucana em 15 de junho de 1928, Gilvan José Meira Lins Samico era o penúltimo de seis filhos de um casal de classe média do bairro de Afogados. Na adolescência, depois de dois empregos frustrados, o pai percebeu a aptidão do filho para a ilustração e o levou ao professor, pintor e arquiteto Hélio Feijó.
Foi Feijó quem incentivou o aluno a deixar de copiar as fotografias para passar a desenhar modelos vivos. Samico frequentou a Sociedade de Arte Moderna do Recife e integrou o Atelier Criativo. No Atelier, começou a fazer gravuras em placas de gesso e, algumas vezes, as reproduzia em madeira quando chegava em casa, surgindo assim o gosto pela xilogravura.
O traço preciso, misturando luzes e texturas revelou-se logo no começo da carreira. Em 1957, 1958 e 1960 foi premiado no XVI Salão de Pintura do Museu do Estado de Pernambuco. Para aprimorar sua arte, Samico deixou o Recife e estudou xilogravura com Lívio Abramo, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e gravura com Oswaldo Goeldi, na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
O romanceiro popular nordestino marcou a obra de Samico, trazendo em suas gravuras personagens bíblicos e lendas e narrativas locais, animais fantásticos e míticos, como serpentes e dragões, sempre com um toque de cor nas xilogravuras.
Samico morreu em 25 de novembro de 2013, no Recife, aos 85 anos, de câncer na bexiga e estava internado no Hospital Português, no Recife.
(Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/11 – Do G1 PE – 25/11/2013)