Roberto Calvi, banqueiro e chefe do Banco Ambrosiano chamado de “o Banqueiro de Deus” por seus estreitos vínculos com o Vaticano

0
Powered by Rock Convert

‘BANQUEIRO DE DEUS’

 

Roberto Calvi (nasceu em 13 de abril de 1920 – faleceu em 17 de junho de 1982), banqueiro e chefe do Banco Ambrosiano, banqueiro italiano chamado de “o Banqueiro de Deus” por seus estreitos vínculos com o Vaticano.

A gestão de Calvi deixou um rombo de 1,4 bilhão de dólares nas contas do Banco Ambrosiano, e provocou um segundo déficit de cerca de 250 milhões de dólares nas contas do Instituto de Obras Religiosas (IOR), o banco do Vaticano e principal acionista do Banco Ambrosiano.

Conhecido como o “banqueiro de Deus” devido a suas estreitas ligações com o Vaticano, ele era o presidente do Banco Ambrosiano, de Milão, e figura central de uma complexa rede internacional de fraudes e conspirações.

Foi dado como desaparecido nos nove dias anteriores à descoberta de seu corpo, que foi visto suspenso por uma corda presa a um andaime à beira do rio por um transeunte. A polícia tratou o caso como suicídio.

Calvi tornou-se presidente do Banco Ambrosiano, à época o maior banco da Itália, em 1975 e construiu um vasto império financeiro. Em 1978, um relatório do Banco Central da Itália sobre o Ambrosiano concluiu que bilhões de liras haviam sido ilegalmente desviadas para fora do país.

O homem que permitiu a chegada de Roberto Calvi à presidência do Banco Ambrosiano foi o Monsenhor Paul Marcinkus, um prelado americano que enquanto esteve à frente do IOR fez da instituição bancária do Vaticano a maior acionista do Banco Ambrosiano.

Monsenhor Marcinkus, falecido em fevereiro de 2006, foi perseguido pela justiça italiana após a falência do Banco Ambrosiano. Protegido pelo Papa João Paulo II, conseguiu escapar, embora tenha sido obrigado a deixar seu cargo à frente do IOR.

Nunca se esclareceu por completo onde foi parar o dinheiro desaparecido dos cofres do Banco Ambrosiano.

Em maio de 1981, Calvi foi preso, considerado culpado e condenado a quatro anos de prisão. Contudo, foi libertado provisoriamente após recorrer a uma instância superior. Durante sua curta permanência no cárcere, tentou o suicídio.

Mais tarde, no mesmo mês, foi processado por suposta fraude envolvendo contratos de propriedade com o banqueiro siciliano Michele Sindona, que, por sua vez, serviu nos EUA ao Franklin National Bank de Nova York até sua falência, em 1974.

O Vaticano estava diretamente ligado a Calvi por intermédio do arcebispo Paul Marcinkus, guarda-costas do papa e um dos chefes do Banco do Vaticano, que tinha participação acionária no Ambrosiano.

O Ambrosiano estava à beira do colapso com a revelação pela imprensa de um rombo de centenas de milhões de dólares em sua contabilidade. Diante disso, a direção executiva do banco decidiu retirar de Calvi toda sua autoridade. O Tesouro italiano interveio e dissolveu toda a administração do banco, passando-a interinamente ao Banco da Itália.

Calvi foge para Veneza e barbeia seu bigode para não ser reconhecido. Dali teria partido em um avião privado para Londres. No dia anterior em que foi encontrado morto, sua secretária cometeu suicídio em Milão, atirando-se do quarto andar da matriz do banco. Teresa Corrocher, de 55 anos, deixou um bilhete raivoso condenando seu patrão pelos danos morais e materiais cometidos contra o Ambrosiano e seus empregados.

Mais tarde, revelou-se que Roberto Calvi havia sido encontrado com cinco tijolos nos bolsos. A suspeita era de que queria se matar atirando-se no rio Tâmisa. Além do mais, tinha em seu poder 14 mil libras em três diferentes moedas.

Em 23 de julho um júri de investigação confirmou a tese de suicídio. Em outubro de 2002, peritos criminais indicados pela justiça italiana concluíram que o banqueiro havia sido assassinado. Afirmaram que o pescoço não mostrava qualquer ferimento habitualmente associado à morte por enforcamento e que suas mãos jamais tocaram os tijolos encontrados em seus bolsos. O arcebispo norte-americano Paul Marcinkus foi convocado para prestar depoimento, porém lhe foi concedida imunidade por ser empregado do Vaticano. Aposentou-se em 1990 e morreu em 2006.

Em outubro de 2005, cinco pessoas foram levadas a julgamento em Roma: o financista sardo Flavio Carboni, sua ex-namorada Manuela Kleinszig, o empresário romano Ernesto Diotallevi, o ex-guarda-costas de Calvi, Silvano Vittor e o tesoureiro confesso da Cosa Nostra, Pippo Calo. Todos eram suspeitos de envolvimento com o caso, mas acabaram absolvidos em junho de 2007 por falta de provas.

ACUSADOS POR ASSASSINATO DO ‘BANQUEIRO DE DEUS’ SÃO ABSOLVIDOS

Cinco acusados pelo assassinato do banqueiro italiano Roberto Calvi, chamado de “o Banqueiro de Deus” por seus estreitos vínculos com o Vaticano foram absolvidos nesta quarta-feira por falta de provas, segundo fontes judiciais em Roma. O crime ocorreu em 1982, quando o magnata foi encontrado enforcado debaixo de uma ponte em Londres.

Eram acusados pelo crime um membro da máfia siciliana, Pippo Calo, um criminoso romano, Ernesto Diotallevi, um contrabandista, Silvano Vittor, um empresário e sua esposa, Flavio Carboni e Manuela Kleinszig.

A Promotoria, que pode apelar do veredicto, pediu durante a acusação prisão perpétua para os quatro homens e a absolvição de Manuela Kleinszig.

O presidente do Banco Ambrosiano, Roberto Calvi, de 62 anos, foi encontrado no dia 18 de junho de 1982 pendurado na ponte londrina de Blackfriars. Um ano antes, o magnata havia sido preso e logo libertado em razão de investigações sobre a quebra de seu banco.

A justiça britânica concluiu que o banqueiro tinha se suicidado. Na Itália, uma investigação foi iniciada em 1992 e o processo começou em outubro de 2005.

Segundo os juízes romanos, Roberto Calvi foi assassinado pela Cosa Nostra, que queria castigá-lo por não ter gerido adequadamente a imensa fortuna que a organização criminosa siciliana havia deixado sob sua responsabilidade.

Além disso, a máfia desejava calar o banqueiro, que conhecia todos os meandros da organização envolvendo lavagem de dinheiro por meio do Banco Ambrosiano e do IOR, segundo os magistrados.

Nunca se esclareceu por completo onde foi parar o dinheiro desaparecido dos cofres do Banco Ambrosiano.

No dia 19 de junho de 1982, o corpo do banqueiro italiano Roberto Calvi, de 62 anos, foi encontrado enforcado na ponte Blackfriars em Londres.

(Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias – Hoje na História – MEMÓRIA/ Por Max Altman – São Paulo – 19/06/2012)

(Direitos autorais: https://g1.globo.com/Noticias/Mundo – Globo Notícias/ NOTÍCIAS/ MUNDO/ por AFP – 06/06/2007)

2000-2007 globo.com Todos os direitos reservados.

Powered by Rock Convert
Share.