Tutancâmon, jovem e famoso rei do Egito, morto na adolescência, em 1323 AC.
Elevado ao trono com apenas 9 anos de idade e morto precocemente, aos 18, o faraó Tutancâmon foi uma das figuras mais intrigantes do Antigo Egito – no qual reinou no século XIV a.C.
À época da morte, Tutancâmon enfrentava uma revolução religiosa comandada pelo seu próprio pai, Akhenaten, que queria pôr fim à crença dos egípcios em vários deuses. Assim, quando o faraó morreu, o processo de mumificação fez com que Tutancâmon ficasse parecido com Osíris, o deus do submundo, em uma tentativa de assustar os revolucionários.
O corpo do faraó foi coberto de líquido preto (semelhante à cor da pele de Osíris) e o seu coração foi arrancado. A imagem dava a entender que Tutancâmon estava governando o submundo com toda a sua vitalidade.
Tutancâmon morreu após ter uma perna quebrada – alguns especialistas acreditam que ele foi atropelado por uma carruagem – e contrair uma grave infecção. Pesquisas revelaram, ainda, sinais de malária.
Desde a descoberta de sua tumba, em 1922, cientista têm aventado a hipótese de que ele foi vítima de assassinato. No documentário “O Assassinato de Tutancâmon”, a moderna medicina forense é usada na tentativa de comprovar a tese.
Quem conduziu as investigações foram os detetives americanos Gregory Cooper e Mike King. Com o auxílio de especialistas, eles examinam radiografias da múmia do faraó e chegaram à conclusão de que Tutancâmon foi golpeado na cabeça antes de morrer.
Também a partir delas, é feita uma reconstituição de sua face. Além de interessante do ponto de vista científico, o documentário tem um certo clima de seriado policial. Com base nas intrigas políticas do Egito da Antiguidade – recriado por meio de dramatizações e computação gráfica -, Cooper e King especulam sobre os prováveis suspeitos da morte do faraó.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/2014/01/07 – Enviado por Fernando Moreira – 07.01.2014)
(Fonte: Veja, 26 de março de 2003 – ANO 36 – Nº 12 – Edição 1795 – Veja recomenda – Pág: 116)