Bobby Short, ícone de elegância à moda antiga que se apresentou no Carlyle Hotel, de Nova York.

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Bobby Short (Danville, Illinois, 15 de setembro de 1924 – Nova York, 21 de março de 2005), lendário cantor e pianista de cabaré, ícone de elegância à moda antiga que durante mais de três décadas se apresentou no Carlyle Hotel, de Nova York.

Nova-iorquino, Short figurou numa cena do filme Hannah e Suas Irmãs, de Woody Allen, e continuou a tocar no Carlyle até pouco antes de morrer.

Bobby Short, que gostava de compositores como Cole Porter e Vernon Drake, era um remanescente de uma era de glamour e elegância.
Em setembro de 2004, ele disse ao jornal The Washington Post que não pretendia se aposentar porque “se eu não trabalhar, vou fazer o quê?”
Short começou a trabalhar com música ainda criança, no teatro de revista, onde era divulgado como “o rei em miniatura do swing”, e passou as sete décadas seguintes encantando o público com seu piano e sua voz.

Ele começou a trabalhar no Carlyle em 1968, e na década de 1970 estrelou um comercial de TV do perfume Charlie, da Revlon. O anúncio, que ficou muito tempo no ar, o tornou conhecido em todo o país e fez com que ele pudesse comprar uma casa na França.

Bobby Short foi três vezes indicado ao Emmy. Ele gravou mais de uma dúzia de álbuns com trabalhos de compositores que variavam de Noel Coward a George Gershwin. Ele se apresentou na Casa Branca para os presidentes Richard Nixon, Jimmy Carter, Ronald Reagan e Bill Clinton.

Nono dos dez filhos de um mineiro do carvão e uma empregada doméstica no meio-oeste dos EUA, Short deixa um irmão, um filho adotivo e vários sobrinhos.
Em seu livro de memórias Black and White Baby, publicado em 1971, ele escreveu: “Sou um negro que, graças a Deus, nunca viveu no sul do país e tampouco num gueto urbano. Passei minha infância em Danville, Illinois, onde minha família sempre viveu numa rua agradável, num bairro agradável.”
Apesar disso, em função da falta de dinheiro na época da Grande Depressão, o pianista autodidata começou a apresentar-se em bares e clubes de beira de estrada aos 9 anos de idade, ganhando 3 a 4 dólares a cada sábado, dinheiro com o qual ajudava a alimentar sua família.

Em pouco tempo, começou a viajar no circuito do teatro de revista, e, aos 12 anos, começou a tocar em clubes de Manhattan.

“Cresci na década de 1930, quando os tempos eram difíceis. Mas as pessoas daquela época sempre tinham classe”, disse Short em entrevista ao Washington Times.

Bobby Short faleceu em 21 de março de 2005, aos 80 anos, de leucemia no Hospital Presbiteriano de Nova York. Short, que nunca se casou, morava no Sutton Place, em Manhattan, dividindo um apartamento com vista para o East River com seus animais de estimação.

(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br – VARIEDADES – ANO 110 – 22 de março de 2005 – Pág: 20)
(Fonte: http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2005/not20050321p3963 – CADERNO 2 – MÚSICA – 21 de Março de 2005)
(Fonte: http://musica.terra.com.br/noticias/0,,OI491655-EI1267,00- DIVERSÃO – MÚSICA – 21 de março de 2005)
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