ALLA NAZIMOVA; Estrela de palco e tela, era bem conhecida por papéis em peças de Ibsen
Ganhou fama em obras de Ibsen, renunciou à música para teatro popular em filmes mudos
Alla Nazimova (Yalta, Ucrânia, 22 de maio de 1879 – Los Angeles, 13 de julho de 1945), estrela do palco e da tela durante sua longa e glamourosa carreira, nascida Mariam Edez Adelaida Leventon, foi uma atriz russa e americana. Foi uma das grandes estrelas do cinema mudo.
Nazimova ficou conhecida por seus numerosos relacionamentos homossexuais. Uma de suas namoradas da época foi Tallulah Bankhead. Outra foi Mercedes de Acosta. Mas os relacionamentos homossexuais eram mal vistos e considerados como um comportamento desviante pela América puritana.
Ela se casou então com um ator britânico homossexual, Charles Bryant, que seria seu companheiro na maioria dos filmes que fez para a Metro-Goldwyn-Mayer.
Estrela incontestável no teatro, Nazimova interessou Hollywood. Em 1916 ela assinou um contrato de nada menos que 13.000 dólares semanais com a Metro-Goldwyn-Mayer.
No auge da carreira, a atriz ao mesmo tempo animava e horrorizava Hollywood em sua mansão, chamada de “Jardim de Alá”, onde realizava festas regadas a orgias.
Esta russa era considerada uma das mais exóticas estrangeiras que chegaram em Hollywood. Mariam Edez Adelaida, mais conhecida como Alla Nazimova foi a terceira de três filhos. Desde o início sua vida foi instável, já que era filha de um pai violento e separado da mãe. Ainda jovem foi morar com a família na Suíça, onde demonstrou grande talento para a música, iniciando as lições de violino aos 7 anos.
Estudou com Stanilslavsky, e também com Chekhov. Aos 25 anos já fazia sucesso na Broadway, e em 1916 estreou no cinema com o filme War Brides. Fazia muitas festas em sua propriedade chamada Garden of Alah, localizada perto do Sunset Boulevard. Depois de estrelar vários filmes, voltou ao teatro em 1925. Mas acabou voltando, para fazer personagens marcantes como a mãe de Tyrone Power em Sangue e Areia (41) e a marquesa em The bridge os San Luis (44).
Quando a natureza de seus instintos sexuais se tornou pública, começou a ser rejeitada para filmes. Arruinada, chegou a tentar o suicídio. Publicou uma autobiografia no ano em que morreu, vítima de uma trombose, aos 66 anos.
Alla Nazimova faleceu em 13 de julho de 1945 de trombose coronária no Hospital Bom Samaritano após uma semana de doença. A idade dela era 66.
(Fonte: http://www.cinemaclassico.com)
(Fonte: https://www.nytimes.com/1945/07/14/archives – New York Times / ARQUIVOS / Os arquivos do New York Times – HOLLYWOOD, Califórnia, 13 de julho – Especial para o NEW YORK TIMES – 14 de julho de 1945)