Eugène Dubois (Eijdsen, Holanda, 28 de janeiro de 1858 Harleem, Holanda, 16 de dezembro de 1940), médico, geólogo e visionário paleoantropólogo holandês. Foi o descobridor do elo perdido entre o homem e o macaco.
Dubois nasceu em janeiro de 1858, um ano antes de Darwin publicar sua obra clássica A Origem das Espécies, na qual mostrava como a seleção natural pôde direcionar a mudança evolutiva.
Dubois desenvolveu uma paixão pela evolução humana, tornando-se o primeiro paleoantropólogo profissional a dedicar-se completamente à pesquisa de fósseis.
Concentrou-se na Indonésia, na época uma colônia holandesa, que ele e outros consideravam um lugar lógico para começar, pois ali ainda viviam macacos que se podiam assemelhar aos proto-humanos.
Obteve uma indicação para trabalhar como médico do Exército holandês das Índias Orientais e chegou à Indonésia em dezembro de 1887.
Começou sua pesquisa imediatamente, e em outubro de 1891 descobriu depósitos entre os cascalhos de um leito antigo de rio próximo ao vilarejo de Trinil, junto ao rio Solo, na região central de Java. Ali, juntamente com ossos de animais antigos, encontrou um topo de crânio humano de baixa curvatura angular e paredes espessas, com arcadas superciliares semelhantes a uma prateleira.
Em agosto de 1892, no local onde achou que estivessem os mesmos depósitos, recuperou um osso de fêmur quase completo, absolutamente moderno em termos anatômicos. O osso do fêmur e o topo do crânio convenceram-lhe de que tinha descoberto uma forma ereta, transitória entre o homem e o macaco, e em 1894 decidiu chama-lo de Pithecanthropus erectus (homem macaco ereto). Essa terminologia foi mais tarde trocada para Homo erectus por cientistas que se beneficiaram de um registro fóssil muito mais completo.
(Fonte: Super Interessante ANO 13 – Nº 2 – Fevereiro de 1999 – Dito & Feito – Pág; 90)
(Fonte: O Despertar da Cultura – Richard G. Klein e Blake Edgar – Pág: 141)