François Cavanna, humorista francês foi o fundador dos jornais de humor Hara-Kiri e Charlie Hebdo.

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François Cavanna (Nogent-sur-Marne, 22 de fevereiro de 1923 – Créteil, Paris, 29 de janeiro de 2014), jornalista, desenhista e humorista francês.

Ele foi o fundador dos jornais de humor Hara-Kiri e Charlie Hebdo.

Nascido em 22 de fevereiro de 1923, Cavanna foi criado na cidadezinha de Nogent-sur-Marne, numa comunidade italiana. O romance Les Ritals, de 1978 foi inspirada nessa fase de sua vida.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Cavanna foi forçado a participar do STO – Service du travail obligatoire (Serviço de Trabalho Compulsório), uma espécie de trabalho escravo aos quais os jovens franceses (e outros povos sob ocupação nazista) foram submetidos.

Ele foi enviado a um campo de trabalho nos arredores de Berlim (Baumschulenweg), na Alemanha, em 1943. Foi lá que conheceu seu primeiro amor – uma mulher russa chamada Maria. Cavanna só retornaria à França, em 1945, após a libertação de seu país e a derrota nazista.
Sua experiência nesse período rendeu o romances Les Russkoffs, que ganhou o prêmio Interallié, em 1979.

O jornal Hara-Kiri foi fundado por Cavanna e o Professor Choron (Georget Bernier) em setembro de 1960. A publicação circulou até 1985. A revista chegou a ser censurada, em 1961 e 1963, e foi interditada pelo governo francês, na década de 1970. Era uma publicação ácida e irreverente, que mudou a maneira de se fazer rir no país e causou um rebuliço na imprensa. Por suas páginas passaram desenhistas ilustres como Reiser, Cabu e Wolinski.

A edição de número 94, de 16 de novembro de 1970, trazia a seguinte chamada de capa: “Baile trágico em Colombey: Um Morto”. O título é uma referência clara dois fatos distintos.
O primeiro, a morte do general Charles DeGaulle (presidente da França durante dez anos), que ocorreu em Colombey-les-Deux-Églises, em 9 de novembro de 1970. O termo “Baile Trágico” se refere ao segundo episódio, e foi cunhado em 1º de novembro de 1969. Foi assim que a imprensa passou a chamar o incêndio ocorrido naquela data, numa boate em Saint-Laurent-du-Pont, na qual morreram 146 pessoas.

Com a interdição do jornal em 1970, Cavanna lança uma nova publicação, o semanário Charlie Hebdo. Segundo Georges Wolinski (em LÉcho des savanes # 239), o “Charlie” do título, também era uma referência a Charles DeGaulle.

Ao longo de sua carreira, Cavanna publicou por volta de 60 obras, incluindo 15 romances. Era uma personalidade complexa, com um humor truculento que não conhecia tabu ou limites e influenciou várias gerações de escritores e artistas.

Cavanna faleceu em, 29 de janeiro de 2014, em Créteil, na França, aos 90 anos. Cavanna, que sofria de Parkinson, fraturou o fêmur, foi internado e teve complicações pulmonares.

(Fonte: http://www.universohq.com/noticias – NOTÍCIAS/ Por Sérgio Codespoti – 30 janeiro, 2014)

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