Donizete Galvão, poeta cursou jornalismo e trabalhou como redator publicitário na editora Abril

Nascido em Borda da Mata, autor também trabalhou com publicidade.

O poeta foi um dos mais expressivos nomes da poesia brasileira contemporânea

Donizete Galvão (Borda da Mata, 1955 – São Paulo, 30 de janeiro de 2014), poeta mineiro, cursou jornalismo e trabalhou como redator publicitário na editora Abril.

Nascido em Borda da Mata em 1955, ele se mudou para a capital paulista nos anos 1970. Com sete coletâneas de poemas publicadas, Donizete Galvão tinha uma dicção enxuta, herdada do modernismo.

Donizete Galvão publicou seu primeiro livro, “Azul navalha”, em 1988, que valeu o prêmio de autor revelação da atribuído pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

Também foi finalista do prêmio Jabuti. Depois, vieram “As faces do rio” (1991), “Do silêncio da pedra” (1996), “A carne e o tempo (1997)”, “Ruminações” (2000), “Mundo mudo (2003)” e “O homem inacabado” (2010).

Editor deste último, o crítico e poeta Reynaldo Damazio lembra que a obra foi finalista do Prêmio Portugal Telecom e ficou em segundo lugar no Prêmio da Bienal de Poesia de Brasília.

Coordenador do Centro de Apoio ao Escritor da Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, onde Galvão ministrou cursos e oficinas, Damazio cita Carlos Drummond de Andrade com influência do amigo.

“Ele vinha de uma tradição do modernismo e misturava muito elementos como a vida do campo – de onde ele veio, de um sítio – com as angústias do homem urbano, na grande cidade. Ele fazia essa mistura muito bem, da memória de infância e a vida, digamos, tensa das grandes cidades”, avaliou. “Este último livro é bastante forte, o homem que não se encontra, que vai perdendo a identidade nas grandes cidades. Lida com questões bastante profundas: solidão, isolamento, violência.”

Donizete Galvão morreu em 30 de janeiro de 2014, aos 59 anos, em São Paulo (SP), e sofreu um infarto.

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2014/01 – POP & ARTE – Do G1, em São Paulo – 30/01/2014)

(Fonte: Veja, 5 de fevereiro de 2014 – ANO 47 – Nº 6 – Edição 2359 – DATAS – Pág: 40)