A atriz protagonizou o primeiro nu do cinema nacional em Anjo do Lôdo
Virgínia Lane participou de 37 filmes, e chegou a montar sua própria companhia para levar o teatro de Revista em todo o Brasil. Entre os trabalhos, um dos mais marcantes foi “Anjo no Lôdo”, onde protagonizou o que foi considerado o primeiro nu não frontal do cinema brasileiro.
O então deputado Jânio Quadros, de São Paulo, liderou campanha pedindo a interdição da película. Os censores acabaram cortando apenas meio metro de filme: a cena onde a silhueta nua de Lúcia (Virgínia Lane), em pé sobre a mesa, era refletida na parede.
Após causar furor com “Anjo do Lôdo”, Virgínia emendou muitos filmes. Em 1977, após um período longe das produções, foi convidada para participar do filme de Sílvio de Abreu, a pornochanchada “A Árvore do Sexo”.
Virgínia Lane participou de 37 filmes, e chegou a montar sua própria companhia para levar o teatro de Revista em todo o Brasil. Um dos mais polêmicos, “Anjo do Lôdo”, adaptação de “Lucíola”, de José de Alencar, sofreu cortes devido a cena do nu de Virgínia, e acabou proibido para a TV.
Carreira
Virgínia Lane nasceu em 1920, no Rio de Janeiro. Com 15 anos, ela já estava no teatro, no Cassino da Urca. Ao fazer 18 anos, ela atuava no cinema. No total, ela fez 37 filmes e dezenas de peças de teatro.
Como cantora, Virgínia lançou seu primeiro disco pela Continental em 1946 com a marcha “Maria Rosa” e o samba “Amei Demais”. Em 1948, ela apareceu como vedete na revista “Um Milhão de Mulheres”, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. A partir daí, teve a marca vedete registrada pelo presidente Getúlio Vargas ao 34 anos – momento em que estourou com a música “Sassaricando”. Ele deu a Lane o título de “A Vedete do Brasil”. De acordo com entrevistas dada por ela na época, ela e o ex-presidente tiveram um relacionamento de dez anos.
A atriz foi pioneira ao levar o Teatro de Revista para a televisão no programa Espetáculos Tonelux, na TV Tupi carioca.
Já no cinema, Virgínia participou de filmes como Laranja da China (1940), de Ruy Costa, e Carnaval no Fogo (1949), de Watson Macedo. Participou também de várias comédias carnavalescas cantando seus sucessos e contracenando com Oscarito, Grande Otelo e Zé Trindade.
Em 1951, protagonizou o primeiro nu (não frontal) no cinema nacional no longa “Anjo no Lôdo”.
Recentemente, Virgínia também participou de novelas na Rede Globo. Em 2005, ela fez parte do elenco de “Belíssima” ao lado de outras vedetes como: Carmem Verônica, Íris Bruzzi, Ester Tarcitano, Lady Hilda, Teresa Costello, Dorinha Duval, Anilza Leoni, Rosinda Rosa, Lia Mara, entre outras.
Em 2007, ela fez uma participação especial em “Sete Pecados” como Corina.
(Fonte: http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/10 – ENTRETENIMENTO – Do UOL, em São Paulo 10/02/2014)