Johann Ludwig Heinrich Schliemann Julius (Neubukow, Alemanha, 6 de janeiro de 1822 – Nápoles, 26 de dezembro de 1890), comerciante, arqueólogo e explorador alemão, creditado no que se acredita tenha sido o descobridor de uma maravilha arqueológica, o chamado Tesouro de Príamo.
Esse conjunto de 8 883 peças, boa parte de ouro puro, foi escavado pelo explorador no que se acredita tenha sido a mitológica cidade de Troia, em 1873.
A Turquia, país que Schliemann enganou para retirar ilegalmente as peças das escavações e levá-las para Berlim, reivindicam a coleção arqueológica.
(Fonte: Veja, 15 de abril de 1998 – Ano 31 – N° 15 – Edição 1542 – INTERNACIONAL – RÚSSIA – Pág: 46/47)
Em Berlim, desde o primeiro dia da guerra, em 1939, Wilhelm Unverzagt (1892-1971) começou a encaixotar os objetos mais preciosos do museu que dirigia, o de História Antiga.
Seu maior cuidado era reservado a três caixas de madeira, a maior delas com 93 centímetros de comprimento por 39 centímetros de largura e 30 centímetros de altura. Continham ouro puro, trabalhado em algumas célebres peças arqueológicas: o chamado Tesouro de Príamo, um conjunto de 8 883 peças que o explorador alemão Heinz Schliemann desencavou ao descobrir a mitológica cidade de Troia, em 1873.
Na última vez que foram vistas, em 1942, as três caixas tinham sido transportadas por soldados da SS do cofre do Banco Estatal da Prússia para um bunker construído no zoológico de Berlim. Em março de 1945 o Führer mandou levá-las para o Ocidente, onde nunca chegaram.
O Tesouro de Príamo, surgiu o que considera legítimo pretendente: o Estado turco, sucessor dos governantes otomanos que o arqueólogo Heinrich Schliemann enganou para poder tirar ilegalmente das escavações de Troia as peças que levou para Berlim, onde virou herói (Heinrich Schliemann enganou também seu sócio, a quem pagou menos do que devia).
O próprio Tesouro de Príamo foi pilhado em parte antes mesmo de sair de Berlim: pelo menos dois brincos de ouro apareceram à venda nos Estados Unidos
(Fonte: Veja, 19 de outubro de 1994 – Ano – Nº – Edição 1362 – HISTÓRIA/ Por William Waack, de Berlim – Pág: 60/61)