Max Factor, o rei da maquiagem, um soberano e monstro sagrado da indústria da cosmética.

O Homem que Mudou as Faces do mundo

O homem, que foi chamado de “Mágico de Hollywood” deixou um dos maiores do mundo — e história — Império cosmético.

Max Factor (Lodz, Polônia, 15 de setembro de 1877 – Los Angeles, Califórnia, 1938), o rei da maquiagem, era baixinho e invariavelmente se apresentava vestido com um jaleco branco e óculos de aros redondos. Uma cliente, estrela do cinema mudo, o descreveu como um misto de “maquiador, farmacêutico e figura paterna”. Pioneiro, um monstro sagrado de uma indústria bilionária, a da beleza. Foi soberano da cosmética, nascido em 1872, na Polônia, em família humilde, numerosa e de origem judaica – em Lodz. Algumas fontes registram o nascimento de Factor em 1877, foi autodidata, aprendendo o ofício ao passo que as necessidades se apresentavam e o faro para os negócios se apurava. Na adolescência, Factor trabalhou em uma farmácia em Berlim, onde aprendeu a manipular substâncias químicas.

Conhecimento muito útil quando foi produzir maquiagem para os artistas da Ópera de Moscou ou, na chegada a Hollywood, ao inventar a fórmula do pancake, a espessa base que não rachava nem derretia sob os holofotes dos estúdios. A América foi a galinha dos ovos de ouro. Max Factor (originalmente Maximilian Faktorowicz) chegou aos Estados Unidos em 1904, fugindo do antissemitismo da Rússia czarista. Enriqueceu com itens de maquiagem feitos especialmente para um novo meio de entretenimento, o cinema. Seu filho Max Factor Jr., se encarregaria da industrialização e comercialização em massa dos inventos do pai.

A ironia é que Factor não entendeu a dimensão do fenômeno que havia criado. Basicamente negociante, não via seus produtos como vetores de mudanças nos hábitos femininos. Apenas encorajavam as consumidoras a não sair de casa sem pelo menos aplicar um batom, fosse para ir às compras, fosse para fazer a revolução.
Factor faleceu em 1938, aos 66 anos, em Los Angeles, Califórnia.

(Fonte: Veja, 16 de outubro de 2013 – ANO 46 – N° 42 – Edição 2343 – LIVROS/ Por MARIO MENDES – Pág: 124/125)
(Fonte: http://www.egort.comunidades.net)