Paulo Malhães, tenente-coronel reformado do Exército, ex-agente do Centro de Informações do Exército e conhecido por sua atuação na repressão política durante a ditadura militar.
O militar admitiu na Comissão Nacional da Verdade que participou de torturas e desaparecimentos durante a ditadura, inclusive o do ex-deputado Rubens Paiva.
O militar da reserva teve atuação de destaque na repressão política durante a ditadura militar e, em março de 2014, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, assumiu ter participado de torturas, mortes e desaparecimentos de presos políticos.
Comissão da Verdade
Em março, em dois depoimentos diferentes, um à Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, no dia 21, e outro na Comissão Nacional da Verdade, dia 25, Paulo Malhães deu detalhes sobre torturas e desaparecimento de corpos durante a ditadura.
Primeiro, declarou ter desaparecido com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971. No segundo momento, voltou atrás e afirmou não lembrar se foi ele que executou a ação.
Eu só disse [à imprensa] que fui eu porque eu acho uma história muito triste, quando a família leva 38 anos dizendo que quer saber o paradeiro. Eu não sou sentimental, não, mas tenho as minhas crises, justificou, na época.
O coronel reformado do Exército Paulo Malhães, foi morto dentro de casa, no bairro Ipiranga, na área rural de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, na manhã do dia 25 de abril de 2014.
A casa do coronel de 76 anos foi invadida por volta das 13h da quinta (24). Segundo sua mulher, Cristina Batista Malhães, ela e o caseiro teriam sido feitos reféns até as 22h.
A viúva, Cristina Batista Malhães prestou depoimento, pelo menos três homens participaram da ação, um deles com o rosto coberto. Os criminosos mantiveram as vítimas em cômodos separados e fugiram levando armas que o oficial colecionava e dois computadores.
(Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/04 – Do G1 Rio – RIO DE JANEIRO – 25/04/2014)