Francisco Domingos da Silva (Cruzeiro do Sul, Alto Tejo, Acre, 1910 – Fortaleza, 6 de dezembro de 1985), o Chiquinho da Silva, um dos mais destacados pintores primitivistas do país.
Foi um pintor primitivo nascido às margens do Alto Tejo, no Acre, em 1910, e criado entre os índios da Amazônia, dos quais descenderia. Sua obra viajou o mundo, mereceu uma citação especial na Bienal de Veneza em 1966, entusiasmou críticos e historiadores, como André Malraux. Contudo, de mais ou menos 1965 para cá, Chico da Silva foi cercado por discípulos que passaram a pintar em seu nome.
Tornaram-se praticamente impossível saber desde então quais das obras a ele atribuídas são autênticas. Estimulado por fartas doses de bebida e manipulado por intermediários sem escrúpulos, ele assinava de boa vontade qualquer tela que lhe apresentassem.
Como carcará – Foi o suíço Jean Pierre Chabloz quem descobriu, em 1943, o talento de Chico, promovendo-o internacionalmente. Em 1969, num doloroso reencontro, Chabloz viu o pintor já entregue à bebida e à comercialização dos quadros falsos.
Domingos da Silva morreu dia 6 de dezembro de 1985, aos 75 anos, de trombose, em Fortaleza.
(Fonte: Veja, 12 de dezembro, 1985 - Edição 901 - Datas - Pág; 150)
(Fonte: Veja, 9 de novembro de 1977 – Edição 479 – ARTE/ Por GERALDO GALVÃO FERRAZ – Pág: 107/108)