Demonstrado pela primeira vez como produzir gêmeos idênticos no tubo de ensaio

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Demonstrado pela primeira vez como produzir gêmeos idênticos no tubo de ensaio

Jerry Hall, americano, desafia um tabu e demonstra, pela primeira vez, como produzir gêmeos idênticos no tubo de ensaio. Diretor do Laboratório de Andrologia e Fetilização in Vitro da Universidade Geroge Washington, na capital dos Estados Unidos. Um dos objetivos de Hall, ao fazer sua experiência pioneira, era ajudar casais que não podem ter filhos mesmo por meio da inseminação artificial. De fato, não basta coletar um óvulo, fecundá-lo no tubo de ensaio e depois implantar o embrião resultante no útero feminino.
Em muitos casos o implante simplesmente não “pega”, e não há gravidez. A situação melhora quando se implantam três ou cinco embriões de uma vez,, mas nem todos os casais são capazes de produzir tantos candidatos a bebês. Imaginou-se, então, que um único embrião poderia ser clonado em número suficiente para garantir a gravidez.
Foi com esse espírito que se comemorou o resultado de Hall e sua equipe. Também é possível que a clonagem seja usada para descobrir, com antecedência, se os embriões têm defeitos genéticos. Atualmente, esse tipo de teste é feito em condições relativamente precárias, e não dá resultado em um terço dos casos.
O método consiste em extrair de uma célula embrionária o material genético necessário à análise. Os resultados seriam melhores se os genes fossem estraídos de um clone, e não do próprio embrião. As idéias, portanto, são muitas, mas estão muito longe de se concretizarem. A título de ilustração, nada impediria que um casal fizesse inseminação artificial, clonasse o embrião de uma filha, antes do implante, e guardasse uma cópia congelada. Anos mais tarde, a filha já casada poderia implantar aquela cópia e dar à luz uma gêmea de si mesma. A própria inseminação in vitro já vem criando situações incomuns – como a da sul-africana Pat Anthony, de 48 anos, que emprestou o útero para que nele se implantassem embriões gerados pela filha, Karen. O fato, porém, é que aquelas ficções estão muito distantes da realidade.

(Fonte: SUPER INTERESSANTE – ANO 8 – Nº1 – 1994 – Pág:24/25/26/28)

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