A primeira negociação da dívida brasileira (funding loan), em 1898, resolvia momentaneamente a angustiosa situação financeira do país. Desafogavam-se o Tesouro público e o mercado cambial; renascia a confiança perdida no descalabro dos anos anteriores. Era possível iniciar uma política enérgica de restauração, condição aliás imposta pelos credores, e que obrigará o país a sacrifícios consideráveis. As despesas públicas serão cortadas com grande prejuízo para a administração; os impostos agravados. Alienam-se bens públicos (assim navios de guerra recentemente construídos), e serão arrendadas ferrovias do Estado. Constituir-se-á com estas medidas um fundo de amortização do papel-moeda, saneando-se a circulação e revigorando a moeda. Mas a súbita retração do meio circulante e a ascensão do câmbio que resultarão disto entorpecem a vida financeira e trazem a ruína de muitas iniciativas. (Caio Prado Jr. História Econômica do Brasil.)
(Fonte: Novo Manual-Nova Cultural-História do Brasil-pág:108)