Arcângelo Ianelli (São Paulo, 18 de julho de 1922 – São Paulo, 26 de maio de 2009), pintor paulista, um mestre do abstracionismo
Ao cultivar a discrição e a consistência em sua carreira solitária, o pintor fez um acerto feliz com o tempo. Ficou célebre pela elegância e pureza com que combinou as cores em telas abstratas, que lembram recortes aveludados do arco-íris.
Junto com Tomie Ohtake e Iberê Camargo (1914-1994), eles formaram a santíssima trindade dos mestres da pintura brasileira contemporânea. Ianelli foi premiado pelo concurso Eco Art promovido pelo Banco Bozano, Simonsen para homenagear a Rio 92.
(Fonte: Veja, 22 de julho de 1992 – ANO 25 – Nº 30 – Edição 1244 – ARTE/ Por Ângela Pimenta – Pág: 96/97)
Um amante das cores brasileiras
Artista plástico era considerado pelos críticos o herdeiro da pintura paulista
Mestre em trabalhar com cores e luzes, o pintor era considerado o grande nome da pintura moderna, passou da figuração, nos anos 50, para o abstrato, na década seguinte.
Filho de imigrantes italianos, fixou residência em São Paulo nos anos 40, onde juntou-se a outros nomes de sua geração, como Manabu Mabe e Wega Nery, no grupo Guanabara, que retratou paisagens paulistanas dando grande destaque para a cor.
Em mais de 60 anos de carreira, seu trabalho ocorria basicamente no ateliê, ao contrário dos procedimentos contemporâneos.
(Fonte: Zero Hora – ANO 46 – N° 15.974 – 27 DE MAIO DE 2009 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 40)