Cláudia Magno de Carvalho (nasceu em Itaperuna, em 10 de fevereiro de 1958 – faleceu no Rio de Janeiro, em 6 de janeiro de 1994), bela de corpo e de rosto, bailarina de talento, atriz esforçada, era dona de uma personalidade doce que cativava homens e mulheres.
Revelada em Menino do Rio, de 1981, Cláudia estrelou também a sequência do filme, Garota Dourada, produzida dois anos depois. Sua carreira atravessou os anos 80 sob o embalo das ondas dos filmes em que ela se firmou como típica representante da geração saúde, que não fuma, não bebe, está sempre bronzeada e em forma.
Fluminense de Itaperuna e nascida em 10 de fevereiro de 1958, a atriz estreou na TV em 1982 com “Final Feliz”. Depois, atuou em outras produções da Globo e da Manchete (onde esteve em “Tudo em Cima”, de 1958). Após “Tieta”, foi vista em “O Dono do Mundo” (1991) e “Felicidade” (1991/1992). No cinema, o maior papel foi de Patrícia em “Menino do Rio” (1982).
Nas novelas globais ela viveu com frequência a garota cobiçada pelos homens. Foi assim em Champagne, Final Feliz e O Dono do Mundo. Seu último trabalho, em Sonho Meu, novela das 6 da Rede Globo, ela fazia ironicamente o papel de Josefina uma enfermeira.
A hipótese levantada pela atriz Lúcia Veríssimo, de quem Cláudia foi companhia inseparável durante seis anos, ao médico Luiz Cezar Cossenza Rodrigues, especialista em tratamentos intensivos, foi de que Cláudia Magno tivesse contraído Aids quando namorou o ator e modelo Marcelo Ibrahim (1962-1986). Os dois tiveram um romance em 1984.
Ibrahim iniciou mais tarde uma promissora carreira de galã – alto, forte, moreno, era chamado de “Stallone brasileiro”. Fez algumas peças no Rio de Janeiro. Numa delas, Rocky Stallone, atuou ao lado de Cláudia com quem contracenou também na novela da Globo Um Sonho a Mais.
Em junho de 1986, aos 24 anos, ele foi internado às pressas com pneumonia. As coincidências com o que se passou com Cláudia são enormes. Marcelo também era da geração saúde e nunca havia adoecido seriamente. Foi parar no CTI da mesma Clínica São Vicente e seis dias depois estava morto. Oficialmente, assim como Cláudia, morreu de pneumonia. Mas sempre houve suspeita de que teria sido vítima de Aids.
A trajetória fulminante da pneumonia e o microorganismo que a provocou, o Pneumocystis carinii, levaram os médicos a suspeitar seriamente que Cláudia tivesse Aids. Ela entrou em coma no dia 29 de dezembro de 1993 e morreu na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro.
A atriz Claudia Magno morreu em 6 de janeiro de 1994, aos 35 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória provocada por complicações do vírus da Aids.
(Fonte: Revista Veja, 12 de janeiro de 1994 – ANO 27 – Nº 3 – Edição 1322 – MEDICINA – Pág: 38/39)
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