William Manchester, escritor que ganhou fama e notoriedade com o livro “A Morte de um Presidente”, sobre John Kennedy

Biógrafo de Churchill e Kennedy

 

William Manchester (Attleboro, Massachusetts, 1º de abril de 1922 – Middletown, Connecticut, 1º de junho de 2004), escritor e historiador americano, que ganhou fama e notoriedade com o livro “A Morte de um Presidente”, sobre John Kennedy.

O historiador Manchester, que escreveu as biografias de gigantes do século 20, como Winston Churchill, Dougla MacArthur e John F. Kennedy, escreveu 18 livros, incluyindo dois romances, mas ficou mais conhecido por sua magistral biografia de Churchill The Last Lion em três volumes que deixou inacabada.

Manchester sofreu dois derrames cerebrais que o impediram de completar o terceiro volume sobre a vida de Churchill. O primeiro volume, The Last Lion: Visions of Glory 1874-1932, foi publicado em 1983.

 

 

O segundo, The Last Lion: Alone 1932-1940, saiu em 1988. Desde maio Paul Reid, articulista do jornal The Palm Beach, foi escolhido para terminar o livro. “Ele escreveu histórias e biografais que nos levam para dentro delas e iluminam, ensinam, clareiam e irritam”, disse Reid.

Manchester foi um garoto da classe operária industrial de Massachusetts e foi sargento da Marinha durante a 2.ª Guerra Mundial. Manchester e John F. Kennedy ficaram amigos em 1946, enquanto ambos se recuperavam de ferimentos de guerra.

Durante os anos 50, Manchester foi confidente e companheiro de Kennedy. Esta amizade deu a ele material para seu livro de 1962 Portrait of a President, o primeiro de três livros que escreveu sobre Kennedy.

Chocado com o assassinato do presidente norte-americano, ele escreveu The Death of a President, publicado em 1967. Jacqueline Kennedy tentou impedir a publicação do livro, dizendo que ele revelava intimidades da família.

O livro vendeu mais de um milhão de exemplares. Vinte anos depois, ele escreveu One Brief Shining Moment, uma aficionada retrospectiva dos anos Kennedy.

Sua biografia de MacArthur, American Caesar, recebeu uma indicação do National Book Award e serviu de base para um filme. Há apenas um título do autor em português: Fogo Sobre a Terra: a Mentalidade Medieval e o Renascimento.

William Manchester lançou nos Estados Unidos uma história da família dos fabricantes de armas Krupp, da Alemanha, destinada a causar escândalo.

Após pesquisar informações nas 13 587 páginas do processo de Nuremberg, e em mais 4 200 documentos da Chancelaria de Adolf Hitler, William Manchester conclui que Alfredo Krupp (1854-1902) deveria ter sido condenado à morte como criminoso de guerra ou a trabalhos forçados nas suas fábricas, e mostra que grande parte da atual prosperidade da Alemanha Ocidental se apóia na infra-estrutura industrial dos mesmos Krupp que apoiaram Hitler.

William Manchester foi condecorado com a Medalha Nacional de Humanidades e o Prêmio Literário Abraham Lincoln.

Manchester faleceu em 1º de junho de 2004, aos 82 anos, de câncer, dormindo em sua casa em Middletown.

(Fonte: Veja, 4 de dezembro de 1968 – Edição 13 – GENTE – Pág: 61)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – CULTURA / NOTÍCIAS/ GERAL / por AGENCIA ESTADO – 2 Junho 2004)