William Westmoreland, condecorado comandante das tropas americanas durante a guerra do Vietnã

0
Powered by Rock Convert

O general: condecorado comandante das tropas americanas durante a guerra do Vietnã

 

O general derrotado na guerra do Vietnã

 

William Westmoreland (Spartanburg County, 26 de março de 1914 – Charleston, Carolina do Sul, 18 de julho de 2005), general da reserva que comandou as forças dos EUA durante a Guerra do Vietnã de 1964 a 1968 e defendeu a presença militar no momento em que as baixas americanas aumentavam.

 

O general, comandante das tropas americanas na guerra do Vietnã (1965-1975), foi responsabilizado pela derrota dos EUA, ele vivia num asilo e dizia ter sido abandonado pelo governo americano.

 

Veterano de três guerras, general de quatro estrelas e condecorado com mais de 30 medalhas durante a carreira, Westmoreland comandou as forças dos Estados Unidos no Vietnã entre 1964 e 1968, um período crítico do conflito.

 

Principal idealizador da estratégia de “guerra de desgaste”, voltou do sudeste asiático e foi responsabilizado pela macabra contagem de corpos e os permanentes pedidos de envio de mais tropas.



Com absoluta convicção, defendeu durante décadas que a retirada americana do Vietnã em 1975 não foi um fracasso e que a história reconheceria os americanos por seu papel na guerra.



Ele acusava o presidente Lyndon Johnson de ser inseguro, muito ansioso por uma reconciliação e de recusar-se a tomar as decisões duras que, na sua opinião, a guerra no Vietnã demandava.

 

Nascido em Spartanburg County, Carolina do Sul, em 26 de março de 1914, se formou em West Point e durante a Segunda Guerra Mundial combateu no norte da África Africa e na Europa. Também participou da guerra da Coreia.



Promovido a brigadeiro-general aos 38 anos, ele se tornou o general mais jovem do exército americano.



Soldado de famosa tenacidade, passou a saltar de pára-quedas para testar o vento com suas tropas depois que cinco de seus homens morreram em um salto de treinamento.



Serviu como chefe do Estado-Maior, seu último posto oficial, e passou à reserva em 1972. Tentou se candidatar ao governo da Carolina do Sul, mas não conseguiu ser indicado pelo Partido Republicano.

 

O oficial, que ascendeu rapidamente durante a Segunda Guerra Mundial, afirmava que os EUA não perderam o conflito no Sudeste Asiático. “Nós seguramos firme”, disse em 1985, no 20º aniversário do envio ao Vietnã da 173ª Brigada Aerotransportada do Exército. “Impedimos a queda dos dominós. Não é que tenhamos perdido a guerra militarmente. A verdade é que nós, como país, não cumprimos o compromisso que assumimos com o Vietnã do Sul.”

 

Como comandante das forças americanas no Vietnã, Westmoreland encabeçou o envio de tropas terrestres ao Vietnã do Sul e o aumento dramático no contingente militar americano no país. Ele também tentou, mas não conseguiu, obter autorização para enfrentar as forças inimigas nos refúgios onde se escondiam no Camboja, no Laos e no Vietnã do Norte.

 

O apoio dos EUA à guerra sofreu um duro golpe perto do final da chefia de Westmoreland, quando forças inimigas atacaram várias cidades no Vietnã do Sul, em 1968, na chamada ofensiva do Tet. Embora o general tenha conseguido defender-se dos ataques, os americanos ficaram espantados ao saber que o inimigo tinha entrado na Embaixada dos EUA em Saigon.

 

Depois disso, o presidente Lyndon Johnson restringiu o aumento de tropas. Depois de pedir por reforços, após os ataques, Westmoreland foi chamado de volta a Washington para tornar-se chefe do Estado-Maior do Exército, cargo que ocupou de 1968 a 1972. Neste mesmo ano, passou para a reserva, mas continuou a dar palestras e a participar de atividades de veteranos.

 

Mais tarde, Westmoreland liderou milhares de seus compatriotas na marcha dos veteranos da guerra até Washington, em novembro de 1982, para consagrar o Memorial à Guerra do Vietnã. Para ele, a marcha foi “uma das experiências mais comoventes de minha vida e que mais me deram orgulho”.

 

“Não tenho nada a lamentar nem nada por que pedir desculpas. Fiz o melhor que pude”, disse Westmoreland, em 1985. “Já fui execrado publicamente. Cuspiram em mim. É preciso ignorar essas coisas.”

 

Em suas memórias, com o título “Guerra em vão?”, acusava os políticos pela derrota dos sul-vietnamitas apoiados pelos Estados Unidos. “Os políticos nos obrigaram a combater com apenas uma das mãos”, escreveu.

William Westmoreland morreu em 18 de julho de 2005, aos 91 anos, de causas naturais no lar para idosos Bishop Gadsden, em Charleston (Carolina do Sul), onde vivia com sua mulher.

(Fonte: https://istoe.com.br – A SEMANA – Edição nº 1867 – 27/07/2005)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo – FOLHA DE S.PAULO – MUNDO / DA ASSOCIATED PRESS – Tradução de Clara Allain – MEMÓRIA – 20 de julho de 2005)

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2005/07/19 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – Internacional – WASHINGTON, 19 jul (AFP) – 19/07/2005)

Powered by Rock Convert
Share.