TÊNIS

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Tênis: Steffi Graf
Quando o mundo pensou que tudo estava escrito no tenis mundial e que ninguém mais era capaz de superar as façanhas de Martina Navratilova e a presença de Chris Evert, apareceu nas quadras a loira alemã.
Com o seu temperamento, sua garra para disputar os pontos e um “backhand” com “slice”, que os especialista previam não durar muito, Steffi Graf conseguiu superar três gerações de tenis, saindo-se uma vitoriosa. A primeira a ofuscar as míticas Navratilov e Evert na década de 80, lutando para manter a supremacia com Monica Seles e a espanhola Arantxa Sánchez no começo dos anos noventa. Posteriormente enfrentou a vanguarda de dolescentes que surgiram há anos poucos com a suíça Martina Hingis e companhia.
Golpeava a bola mais forte que ninguém, com os dois pés fora do chão, seu serviço era sólido e voava sobre a rede como a melhor, não era espetacular nem agressiva com as rivais, era na consistência que sempre superou a suas adversárias, era uma verdadeira atleta. Nem os problemas e saúde, alergias, sinusites, lesões de todo o tipo nos pés, no pulso, no joelho e lesões crônicas que afetaram sua coluna, a impediram de ser a jogadora mais completa numa quadra de tenis. Agora a grande pergunta que ficará para sempre sem resposta: o que teria conseguido Graf, dentro do tênis, se não tivesse nenhum problema de saúde e nenhuma lesão?
Navratilova, uma de suas vítimas, admitiu que a única jogadora que dominava todas as superfícies (saibro, grama e grama sintética) era Graf e sua velocidade era insuperável. “Estou certa de que se Graf não fosse tenista tinha todas as características para ser a campeã do mundo na prova dos 400 metros”, declarou Navratilova. “Sempre impunha um ritmo das partidas e o único que tinha seguro era seu revés, por isso cortava da metade da quadra sobre a rede.”
Graf também foi mestra em não expressar e não revelar suas emoções, mesmo quando viveu uma etapa difícil de problemas pessoais e familiares com seu pai Peter, preso na Alemanha por sonegação de impostos; era uma máquina de jogar tenis no campo. Sua relação com a imprensa sempre foi distante e sem nenhuma abertura pessoal, mas quando soltava seu cabelo loiro e deixava-o cair sobre os ombros para oferecer um sorriso, de imediato enchia de classe e distinção o ambiente.
Início
Salgadinhos e sorvetes de framboesa foram os primeiro prêmios pelo seu esforço numa quadra de tenis. Três anos tinha Stefanie Maria Graf que nasceu em 14 de junho de 1969 em Bruhl, quando seu pai colocou uma pesada raquete de madeira na sua pequena mão. Mal podia segurá-la mas o vírus do tenis a afetou em seguida e desde esse momento começou a mudar esse esporte.
O pai, Peter Graf, reconheceu imediatamente o talento fora do comum de sua filha, e o explorou de forma metódica. Montada em grandes doses de orgulho, Graf lutou até chegar ao ponto máximo do tenis. Depois de seu começo contra a parede da sala de sua casa, chegou sua primeira vitória e foi em um torneio juvenil em Munique. Seu primeiro treinador, Boris Breskvar, considerado o descobridor de Boris Becker, opinou que Steffi era uma tenista bem dotada como uma ou duas em um século.
Com 12 anos foi a primeira alemã a ganhar o Orange Bowl. Sua primeira vitória num torneio profissional chegou em 1986, e a centésima em 6 de julho de 1996, com sua sétima vitória na grama de Wimbledon.
Vitórias – A carreira de Steffi teve seu primeiro ponto culminante em 1985 quando alcançou a Semifinal do Aberto dos Estados Unidos e se transformou, com apenas 16 anos na terceira do mundo atrás de Evert e Navratilova. No ano seguinte vieram seus primeiros títulos ao derrotar Chris Evert na Final de Hilton Head e açoitou Navratilova na Final do Aberto da Alemanha em apenas 64 minutos. Nesse mesmo ano foi eleita pela primeira vez a Atleta do ano na Alemanha, e no ano seguinte, depois de ganhar pela primeira vez o Roland Garros, alcançou o pódio do escalão mundial.
A coroação de sua carreira chegou em 1988 quando ganhou pela primeira vez Wimbledon, repetiu o título em Roland Garros e conseguiu os prêmios do Aberto da Austrália e do Aberto dos Estados Unidos, alcançando assim o chamado Grand Slam. A campanha de 1988 foi completada com a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Seul. Um ano depois a espanhola Arantxa Sánchez impediu, com sua vitória em Roland Garros, que a Alemanha repetisse o Grand Slam.
Enquanto a década de 1980 foi de total ascensão, a de 1990 foi a de altos e baixos tanto no esporte como na vida pessoal de Steffi. Os problemas com seu pai, que em 1997 foi condenado a uma pena por sonegação de impostos, e uma serie de lesões ofuscaram sua carreira, enquanto novas promessas do tenis Seles, Hingis e Jennifer Capriati ameaçavam tirá-la da primeira posição no tenis mundial.
Em 1999 as lesões obrigaram Steffi a desistir na última hora de participar de sete torneios, nos quais estava inscrita, mas surpreendentemente conseguiu o que ninguém mais esperava dela: ganhar mais uma vez o Roland Garros, após derrotar Hingis na final.
(Fonte: El Norte – versão Patrícia Fook )

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