Blota Júnior, foi um dos mais conhecidos radialistas de Sao Paulo, trabalhando em rádio, TV e jornal

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Blota Júnior foi um dos mais importantes apresentadores da TV brasileira nos anos 50, 60 e parte dos 70.

 

Caymmi entre o casal Blota Júnior (Foto: www.jobim.org/Divulgação)

Caymmi entre o casal Blota Júnior (Foto: www.jobim.org/Divulgação)

 

Foi um dos pioneiros da televisão brasileira

 

José Blota Júnior (Ribeirão Bonito, 3 de março de 1920 – São Paulo, 22 de dezembro de 1999), jornalista, radialista, foi um marco na televisão brasileira. Blota Júnior foi um dos mais conhecidos radialistas de São Paulo, trabalhando em rádio, TV e jornal.

 

Blota Júnior trabalhou na TV Record por mais de 30 anos, apresentando programas como Festival da Velha Guarda e Escola Risonha e Franca, chegando a dividir o palco com a esposa Sônia Ribeiro (1930-1987).

 

Foi para a Bandeirantes e também atuou no SB. Há alguns anos, integrava a equipe do Domingão do Faustão, na Globo. Formado em Direito, foi secretário de Turismo de São Paulo no governo de Laudo Natel e elegeu-se três vezes deputado estadual.

 

Blota Júnior foi um dos mais importantes apresentadores da TV brasileira nos anos 50, 60 e parte dos 70. O jornalista trabalhou na Record por 33 anos, período em que comandou programas de sucesso à época, como “Esta Noite se Improvisa”, “Alianças para o Sucesso” e “Festival da Velha Guarda”.

 

Depois de deixar a emissora paulista, em 1985, o jornalista passou pela Bandeirantes, onde apresentou o “Programa Blota Júnior” e comandou o “Fogo Cruzado”, programa de debates políticos.

 

Um de seus últimos trabalhos na TV foi no programa “Gente que Brilha”, exibido pelo SBT até 1997. Nele, eram apresentadas as carreiras de pessoas famosas -no estilo do antigo “Esta É a Sua Vida”.

 

Blota Júnior nasceu em Ribeirão Bonito (260 km a noroeste de SP), em março de 1920. Começou a carreira de jornalista aos 18 como cronista esportivo no jornal “O Esporte”. Além disso, foi um dos fundadores da Academia Paulista de Jornalismo.

 

BLOTA JUNIOR E SONIA RIBEIRO, EXPRESSÕES MÁXIMAS DA HISTÓRIA DA RÁDIO E TV RECORD

BLOTA JUNIOR E SONIA RIBEIRO, EXPRESSÕES MÁXIMAS DA HISTÓRIA DA RÁDIO E TV RECORD

Esteve mais de 60 anos exercendo a profissão, que começou aos 12 anos, no jornal Correio d’Oeste, em Ribeirão Bonito. Em Sao Paulo, começou no jornal O Esporte, no qual assinava as reportagens com o codinome Joe Palito.

No rádio, fez sua estreia em 1939, na extinta Rádio Cosmos, como locutor de estúdio, locutor esportivo e repórter. Em 1943, se transferiu para a rádio Record, onde pisou pela primeira vez em 10 de julho de 1943, e onde deixou de se dedicar apenas ao esporte e comandou programas como o “Não Diga Alô”.

“Naquele tempo, havia também campeonatos populares de boxe, bola ao cesto e outros, bem como a São Silvestre”, lembrava Blota Júnior. Foi levado para a televisão pelo empresário Paulo Machado de Carvalho, mostrando versatilidade ao participar de programas de auditório e de entrevistas e festivais de música. Costumava dizer que era um “crítico literário frustrado”.

Blota Júnior

Blota Júnior

Nos anos 40, fez comerciais para a Nescau e casou-se com Sônia Ribeiro, com quem dividia o palco no programa Escola Risonha e Franca. Em 1946, eles foram fazer A Voz da América nos Estados Unidos. Com ela, teve três filhos: Sônia Angela, José Blota e José Francisco – mais conhecido como Quico, que se tornaria sócio do jornalista Luciano do Valle. Sônia morreu de câncer em 1987.

A política veio naturalmente. Foi eleito pelo antigo Partido Social Progressista (PSP) como deputado estadual por três ocasiões: em 1954, 1962 e 1966 (agora, pela Arena, tendo sido o deputado mais votado). Em 1975, foi eleito deputado federal. Também foi secretário de Comunicações no governo Paulo Maluf no Estado.

“A política é como a juventude”, definiu. “Uma doença que passa em pouco tempo; estou definitivamente curado”, ponderou, ao sair da Rede Record de Televisão, em 1986. Foi para a Rede Bandeirantes, mas deixava bons amigos na antiga emissora. “Eu não gostaria de deixar a televisão pela porta do esquecimento”, afirmou. “Preciso provar a mim mesmo que ainda posso fazer algo de bom na televisão.”

Na adolescência, Blota Júnior ambicionava a carreira diplomática, tanto que a primeira coisa que fez ao se mudar para Sao Paulo foi ingressar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Mas teve de interromper o curso, que retomou em 1949.

Em 1949, se formou em direito na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e trabalhou como advogado por cerca de dez anos, quando passou a se dedicar à TV. Advogou durante 12 anos.

Além de apresentador de TV e radialista, Blota Júnior também se dedicou à política, principalmente no Estado de São Paulo.

Foi o primeiro a ocupar o cargo de secretário de Estado de Turismo, no primeiro mandato do governador Laudo Natel (1963-67). Exerceu três mandatos como deputado estadual, nos períodos entre 1955 e 1958 e 1963 e 1971 -primeiro pelo PSP (Partido Social Progressista) e depois pela Arena.

Em 1970, durante o governo de Abreu Sodré, foi o líder do governo na Assembleia Legislativa.

Também foi eleito deputado federal em 1967, no governo de Ernesto Geisel. Durante seu mandato na Câmara, foi membro da Comissão de Constituição e Justiça.

No governo de Paulo Maluf, ocupou o cargo de secretário de Estado de Comunicações -foi o primeiro titular da pasta.

Blota Júnior morreu em 22 de dezembro de 1999, 79 anos, em São Paulo por insuficiência de órgãos. no Hospital Sírio-Libanês, onde era tratado por uma hematologista. 

Para o apresentador Raul Gil, que começou como calouro de um dos programas de Blota Júnior na rádio Record, “ele foi o mestre dos mestres dos apresentadores. Ele era um dos mais perfeitos em seu ofício no Brasil”.

Luiz Gallon, um dos fundadores da Associação dos Pioneiros da TV, concorda com Raul Gil. “Ele (Blota Júnior) foi o maior apresentador que a TV brasileira teve nos seus 50 anos de história.”

(Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia – Do Diário do Grande ABC – Cultura & Lazer –  22 de dezembro de 1999)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/22/tributo – TRIBUTO – 3 de janeiro de 2000)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano – FOLHA DE S. PAULO – COTIDIANO/ Por da Reportagem Local – 23 de Dezembro de 1999)

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