Max Perkins, editor que descobriu F. Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway e Thomas Wolfe

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O editor Max Perkins, biografado por Scott Berg, em foto sem data. (Foto: Al Ravenna/ Wikipedia)

O editor Max Perkins, biografado por Scott Berg, em foto sem data. (Foto: Al Ravenna/ Wikipedia)

 

 

Max Perkins (Nova York, 20 de setembro de 1884 – Stamford, 17 de junho de 1947), editor que descobriu F. Scott Fitzgerald (1896-1940), Ernest Hemingway (1899-1961) e Thomas Wolfe (1900-1938) nos anos 1920.

Perkins tornou-se o editor mais respeitado e influente dos Estados Unidos no século 20. À primeira vista, Perkins era a negação do editor. Ele tinha uma pontuação defeituosa e uma péssima ortografia. Mas ele considerava a literatura assunto vital. “Não há nada tão importante quanto um livro”, escreveu em uma carta.

Perkins mudou a história da ficção americana ao criar a figura do editor criativo. Antes, quem editava os textos realizava um trabalho mecânico, como a correção dos manuscritos.

Funcionário da editora nova-iorquina Charles Scribner’s Sons, Perkins estreou no cargo que o tornou lendário em 1914 e nele permaneceu nos 32 anos seguintes.

Perkins desafiou os hábitos da editora de Charles Scribner II, um ultraconservador, quando propôs a publicação de “Este Lado do Paraíso” (1920) e “O Sol Também se Levanta” (1926), romances pioneiros de Fitzgerald e Hemingway.

Até então, a Scribner’s conquistara prestígio por manter em catálogo as obras de escritores consagrados como Henry James (1846-1916) e Edith Wharton (1862-1937).

A preferência pela novidade não estaria entre os interesses das atuais editoras americanas, mais preocupadas em reproduzir padrões literários aceitos.

Ele se envolvia com a vida dos escritores, aos quais oferecia de ideias de enredo a sugestão de personagens. Nunca ninguém havia se comportado assim. Dali em diante, outros tentaram seguir seu exemplo.

Mesmo editores influentes, como Gordon Lish e Saxe Commins, não desenvolveram um vínculo com os ficcionistas tão estreito e duradouro quanto Perkins.

Além de emprestar-lhes dinheiro, ele atuou como terapeuta e conselheiro profissional. Com frequência, liberou adiantamentos para F. Scott Fitzgerald, um gastador incorrigível e compulsivo.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/12 – Folha de S.Paulo/  ÚLTIMAS NOTÍCIAS – ILUSTRADA/ por FRANCISCO QUINTEIRO PIRES – 03/12/2014)

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