Primeiros campos gigantes de petróleo do Brasil

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Primeiros campos gigantes de petróleo do Brasil

A formação da mão-de-obra especializada em petróleo sempre foi prioridade para os desbravadores brasileiros do setor. Em 1952, um ano antes da criação da Petrobras, o então Conselho Nacional do Petróleo (CNP) organizou o primeiro curso na área de refinação de petróleo, único do tipo no mundo, em convênio com a então Universidade do Brasil (hoje UFRJ). Os professores eram técnicos que viajaram ao Exterior para acumular know-how. Era o início de uma elite de profissionais altamente capacitados.
O esforço da companhia para a formação de um quadro de excelência passou por diversas fases. Nos primeiros dez anos (1955 a 1965) recaiu na preparação de pessoal para a indústria emergente, que era inexistente no país. Foi então criado o Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisa de Petróleo (Cenap), responsável pelos primeiros cursos de especialização.
Depois, entre 1966 e 1975, a empresa empenhou-se em absorver os conhecimentos e tecnologias mais sofisticadas geradas no Exterior. Tornou-se necessária a especialização de pessoal e o aprofundamento em diferentes áreas para lançar-se na busca de novas fronteiras de exploração, em direção ao mar. A descoberta de petróleo na Bacia de Campos acelerou esse processo de aprendizado.
Absorvidas as novas tecnologias, a empresa partiu para adaptá-las à realidade brasileira, o que exigia um grau maior de especialização. A década de 1976 a 1985 caracterizou-se pelas descobertas na plataforma continental dos primeiros campos gigantes no País. Os investimentos em pessoal se concentraram nos cursos de mestrado e doutorado no Exterior e convênios com universidades brasileiras.
O quarto decênio (1986 a 1995), período em que foi lançado o Programa de Capacitação em Águas Profundas (Procap), marca o tempo das inovações tecnológicas, do incentivo aos centros de pesquisas e a empresa ganha reconhecimento global. Inserida num mercado competitivo, a Petrobrás faz uma profunda reestruturação interna em 2000, com foco na auto-suficiência em petróleo e na expansão internacional.

(Fonte: Isto É – 1912 – 14 de junho de 2006 – Educação – Pág; 126/127)

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