Cus D’Amato, um lapidador de campeões, o técnico do lendário Floyd Petterson.

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Cus D’Amato, (1908-1985), Constantine D’Amato, ou Cus D’Amato, nasceu no dia 17 de Janeiro e morreu no dia 4 de Novembro. Foi um treinador e empresário de boxeadores, que gerenciou as carreiras de Floyd Patterson, José Torres e, inicialmente, a de Mike Tyson. Muitos treinadores modernos, tais como Teddy Atlas, Kevin Rooney e Joe Fariello, foram aprendizes de D’Amato. Foi o tutor de Michael Gerald Tyson, que nasceu no Brooklin, bairro negro nova-iorquino, em 30 de julho de 1966, Tyson cresceu num cenário de roubos, drogas e muita violência. Órfão de pai, foi um delinqüente medíocre. Seus pequenos furtos o levaram para os reformatórios aos 10 anos de idade, quando já fumava e bebia. Franzino e introspectivo, passou uma série de humilhações nas primeiras temporadas de reformatório até começar a dar trabalho e levar uma surra de Bobby Stewart, ex-lutador profissional e instrutor de boxe do reformatório.
Foi Stewart quem o levou a Cus D’Amato, um lapidador de campeões, o técnico do lendário Floyd Petterson.
D’Amato viu no menino rebelde um futuro promissor e o adotou, passando a investir tudo para transformá-lo em um fenômeno. Em março de 1985, Tyson estreava como profissional, vencendo seu adversário por nocaute no primeiro assalto. Vitimado por uma pneumonia, D’Amato morreu em novembro de 1985, pouco antes de ver o sonho concretizado. Exatamente um ano depois, seu pupilo, já com 27 vitórias (25 por nocaute), ganhava o direito de disputar o título do Conselho Mundial de Boxe contra o canadense Trevor Berbick. Resultado: o mundo ganhava o mais jovem campeão mundial da história, com uma luta bem ao estilo Tyson, ou seja, vencida no segundo assalto.
Em março de 1987, viria o cinturão da Associação Mundial de Boxe, e, em agosto, Tyson unificaria as três federações, conquistando também o título da FIB, num feito até então inédito na categoria dos pesos pesados.

(Fonte: Ele Ela – N° 311 – Junho de 1995 – Editora Bloch – Esporte/Por Macedo Rodrigues/Colaborou Edgar Olímpio de Souza – Pág; 34 à 39)

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