A EMACIPAÇÃO FEMININA

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Luciana de Abreu, professora, nasceu em Porto Alegre, em 1847. Em vez de se recolher ao lar depois do casamento e da maternidade, como era costume entre as mulheres da época, ela, em 1867, já casada e com uma filha, ingressou na Escola Normal da Província, tornando-se professora em 1872.
Foi a primeira mulher, no Rio Grande do Sul e talvez no Brasil, que subiu à tribuna para falar em público e defender a emancipação feminina.
Passou a exercer a profissão para a qual se preparava, uma das únicas que se ofereciam à mulher, sendo ajudante de ensino na escola da professora Henriqueta Andrade e professora pública concursada a partir de 1873. Logo após, fundou a sua própria escola.
Integrou a Sociedade Partenon Literário, com grandes escritores do período. Seus discursos foram publicados na imprensa, quase todos em resumos, como artigos e conferências em favor dos direitos da mulher. Teve morte prematura aos 33 anos, em 13 de junho de 1880, de tuberculose, no auge de seu sucesso como conferencista e professora com a escola que fundara. Seu nome foi dado a uma rua no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
Em 1949, o historiador Dante de Laytano reuniu em volume os únicos textos que foram salvos integralmente, em número de três. Ele intitulou a obra como Preleções de Luciana de Abreu.
(Zero Hora – O RIO GRANDE PERGUNTA – 28/11/01)

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