István Jancsó, historiador e professor titular do Instituto de Estudos Brasileiros-USP

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István Jancsó (Miskolc, Hungria, 18 de março de 1938 – São Paulo, 23 de março de 2010), historiador e professor titular do Instituto de Estudos Brasileiros-USP 

Jancsó era professor titular do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo e coordenava o Projeto Temático “Fundação do Estado e da nação brasileiros (1780-1850)”, apoiado pela FAPESP.

O historiador também era um dos mentores da Biblioteca Brasiliana, projeto que incluía a construção de uma biblioteca na USP e a digitalização de cerca de 40 mil volumes que integravam a Biblioteca Guita e José Mindlin, doada à USP em 2006.

Projeto Temático coordenado por Jancsó gerou 22 livros, seminários, diversas teses e dissertações, além da revista Almanack Braziliense, que reúne a contribuição à historiografia brasileira que é feita continuamente por estudiosos envolvidos com os estudos do tema.

Historiador do Brasil

A vida e a trajetória intelectual do historiador foi contada em livro. Um historiador do Brasil, István Jancsó e teve a participação direta do próprio Jancsó. Os autores Andrea Slemian, Marco Morel e André Micásio Lima colheram depoimentos do historiador ao longo de dois anos. O livro foi lançado pela editora Hucitec.

Chegou da Hungria ainda na infância. Foi professor na Maria Antônia, depois na USP, saindo em seguida devido ao golpe de 1964, quando foi lecionar na Universidade Federal da Bahia.

Na UFBA Jancsó se envolveu com o movimento sindical contra a ditadura, seguindo para França como exilado político para fazer o doutorado, após o Ato Institucional número 5 (AI-5), em 1968.

Ele foi preso e torturado quando voltou ao Brasil. Junto com os operários paulistas, ajudou a consolidar o movimento Oposição Sindical, conhecido como OP. Essa fase é um dos pontos altos do depoimento publicados no livro.

Apesar disso, Jancsó não admitia que o rotulassem de “comunista”. Dizia que era um homem de esquerda. Ele nunca se identificou com os comunistas por uma questão pessoal, porque para ele comunistas foram os que entraram na Hungria e não os que foram expulsos de lá.

Atualmente, István Jancsó orientava três projetos de iniciação científica, três de mestrado, cinco de doutorado, supervisionando três estágios pós-doutorais. Ocupava o cargo de editor da revista eletrônica de Almanack Brasiliense e integrava o conselho editorial de cinco revistas especializadas. 

István Jancsó faleceu em São Paulo, dia 23 de março de 2010, aos 71 anos, em decorrência de uma complicação renal.

 

(Fonte: http://agencia.fapesp.br/morre_o_historiador_istvan_jancso/11951 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – Agência FAPESP / Por Alex Sander Alcântara – 25 de março de 2010)

 

 

 

 

 

 

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