Maurício do Valle (Rio de Janeiro, 1º de março de 1928 – Rio de Janeiro, 7 de outubro de 1994), um dos principais atores do Cinema Novo. Ator favorito de Glauber Rocha, que o chamava de Mauricinho, ele interpretou Antônio das Mortes, um matador de cangaceiros, no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, o mais conhecido do diretor baiano.
O último personagem de destaque do ator doi o delegado Feijó, que virava lobisomem na novela Roque Santeiro. Também participou da minissérie O Tempo e o Vento.
Maurício do Valle faleceu em 7 de outubro de 1994, no Rio de Janeiro, aos 67 anos. Três meses antes de morrer, ele havia amputado uma perna devido a complicações vasculares.
Seu irmão, o ator Sérgio Valle, declarou que Maurício, ao ter a perna amputada, “perdeu a vontade de viver”.
(Fonte: Veja, 19 de outubro de 1994 – ANO 27 – Nº 42 – Edição 1362 – DATAS – Pág: 99)
Ator de ‘Pantanal’ amputou as pernas e morreu triste longe da TV
Maurício do Valle atuou em grandes sucessos, mas não teve o reconhecimento merecido e partiu sem honras
Dos 20 atores da primeira versão de ‘Pantanal’ que morreram de 1990 para cá, a história de Maurício do Valle se destaca pelo grau de drama e injustiça.
Ele morreu aos 66 anos em outubro de 1994, após ter as pernas amputadas por complicações do diabetes. A impossibilidade de voltar a atuar o deixou deprimido.
De acordo com parentes e amigos, o ator “desistiu de viver”. Em ‘Pantanal’, fez uma participação afetiva interpretando o caseiro de uma das fazendas de Zé Leôncio (Claudio Marzo).
Maurício era querido pelo autor do folhetim, Benedito Ruy Barbosa. Havia atuado em outras obras dele, como ‘Meu Pedacinho de Chão’ (1971) e ‘Cabocla’ (1979).
Na TV, o ator foi escalado quase sempre para interpretar homens brutos e vilões. Uma exceção aconteceu na estreia diante das câmeras, quando viveu o romântico Armand Duval no teleteatro ‘A Dama das Camélias’, ao lado de Fernanda Montenegro, em 1956, na TV Tupi.
Em 40 anos de carreira no cinema, fez parte do elenco de clássicos como ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, ‘Terra em Transe’, ‘Rio Babilônia’ e ‘Gabriela, Cravo e Canela’.
Nos bastidores das emissoras onde trabalhou, Maurício do Valle era conhecido por sua gentileza. Merecia ter sido mais homenageado em vida e também após a morte, para que seu legado artístico não fosse esquecido.
(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/tv – DIVERSÃO / TV / por Jeff Benício – 29 junho 20022)