Lefê Almeida, consagrado produtor cultural e referência no estudo do samba carioca

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07.06.2006 - MÔNICA IMBUZEIRO - RG - 100 gênios da revista - O produtor cultural Lefê Almeida - (Foto: Mônica Imbuzeiro / Divulgação)

07.06.2006 – MÔNICA IMBUZEIRO – RG – 100 gênios da revista – O produtor cultural Lefê Almeida – (Foto: Mônica Imbuzeiro / Divulgação)

 

 

 

Luiz Francisco Almeida Cunha (Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1946 – Rio de Janeiro, 3 de abril de 2015), Lefê Almeida, como era chamado, foi produtor cultural

Economista por formação, Lefê se consagrou como produtor cultural e se tornou uma referência no estudo do samba carioca. Além de ganhar vários concursos de samba de blocos de rua, como o do Simpatia é quase amor, Suvaco do Cristo, Imprensa que eu gamo, Meu bem, volto já, entre outros, Lefê produziu o CD “Lembranças cariocas”. O álbum trazia as vozes estreantes de Nilze Carvalho, Pedro Miranda e Pedro Paulo Malta, que em meados dos anos 2000 brilhavam nas casas noturnas da Lapa.

O produtor tinha forte ligação com o bairro, tendo estado à frente dos primeiros shows da Lapa, como a roda de samba do Bar Coisa da Antiga, na rua do Lavradio, número 100, em 1997. Lefê também participou da inauguração da casa Café Musical Carioca da Gema, nome escolhido por ele para homenagear um samba de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro. Além de ser um dos envolvidos na concepção do local, Lefê criou o “Prêmio Carioca da Gema”, oferecido a personalidades da música, das artes e do futebol.

A Lapa é ainda o enredo de um documentário e de um livro finalizados pelo produtor. Os dois trabalhos foram lançados no Lapalê, Festival Literário da Lapa, que reuniu editores, artistas, historiadores e urbanistas nos dias 25 e 26 de abril de 2015.

Pesquisador da MPB, Lefê tinha na música carioca uma paixão. Em coluna publicada no GLOBO em 2008, ele escreveria: “O Rio de Janeiro é uma cidade poética e musical por excelência. Quando toda essa poesia musicada se junta com sua beleza natural, o Rio torna-se irresistível.”

Lefê Almeida morreu no Rio de Janeiro, em 3 de abril de 2015, de um câncer no pulmão descoberto há cerca de 20 dias. Tinha 69 anos.

 

 

 

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/musica -15779214#ixzz3WKsn1DfR – CULTURA – MÚSICA – POR O GLOBO – 03/04/2015)
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