RITA LEE – Em 1970 os Mutantes lançam um dos seus maiores sucessos. O LP Ando Meio Desligado. Explorando a onda psicodélica em vigor nos Estados Unidos e na Inglaterra, Rita Lee, Arnaldo Baptista, Sérgio Dias, Liminha e Dinho atualizam o panorama da música jovem brasileira com sintetizadores, guitarras distorcidas e composições que fogem do lugar comum das paradas de sucesso.
Com criatividade e competência, os Mutantes podem ser considerados os mais criativos grupo de rock que o Brasil já teve, dado as condições técnicas da época. Os instrumentos da banda eram feitos pelo irmão mais velho de Arnaldo e Sérgio, um ex-estudante de engenharia chamado Cláudio Cezar. Com essa formação, os Mutantes lançaram mais dois discos na década de 70: Jardim Elétrico, que teve parte das gravações em Paris, e No País dos Baurets (72).
Em 72, depois de apresentarem a música Mande Um Abraço Pra Velha, no Festival da TV Globo, Rita Lee decide que está na hora de sair.
Enquanto os Mutantes estavam preocupados com música erudita, Deus e religião, Rita Lee partia para sua carreira-solo. De início, não queria nada parecido com seu grupo anterior; para isso escalou a guitarrista e vocalista Lucinha Turnbull e, juntas, formaram uma dupla. Mas também assim Rita não ficou contente e o jeito foi formar uma banda mesmo. Assim nasceu o Tutti Frutti.
As gravadoras viam em Rita uma personalidade com voz e carisma. O investimento foi certo e vingou. Vieram os LPs Atrás do Porto Tem Uma Cidade (74), Fruto Proibido (75), Entradas & Bandeiras (76), Refestança (77) com Gilberto Gil, Babilônia (78) e Rita Lee (79).
As armas de Rita na conquista do público eram simples: bom-humor, música dançante e uma certa teatralização no palco. Surgiu assim a nossa primeira superstar brasileira.
(Fonte: SAMPA ROCK CLUB – CLUB FOREVER Nova Sampa Diretriz Editorial Ltda)