Trabalhou com pintores como Cândido Portinari
Octávio Ferreira de Araújo (Terra Roxa (SP) em 1926 – São Paulo, 25 de junho de 2015), artista plástico paulista, foi integrante do chamado Grupo dos 19
O pintor e desenhista Octávio Ferreira de Araújo nasceu em Terra Roxa (SP) em 1926, estudou pintura em São Paulo e Paris, morou no Rio de Janeiro. Em 1959, empreendeu uma viagem à China que resultaria em oito anos de moradia em Moscou, na antiga União Soviética, onde casou e teve dois filhos.
Sua obra – presente em murais em diversas cidades do mundo e já exposta em diversos museus e galeria, inclusive o Masp – é marcada por uma aproximação ao surrealismo em desenhos que mesclam figuras femininas com elementos da natureza.
Ao longo de sua extensa carreira, iniciada nos anos 1930, produziu pinturas, gravuras e ilustrações para livros. Estudou pintura na Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo, entre 1939 e 1943.
Octávio Araújo participou da exposição do Grupo dos 19, realizada em abril de 1947 na galeria Prestes Maia, em São Paulo, que reuniu trabalhos de 19 jovens artistas da época, como Luiz Sacilotto (1924-2003), Marcelo Grassmann (1925-2013), Mário Gruber e Maria Leontina (1917-1984). A exposição revelou novos talentos das artes plásticas e ajudou a difundir no Brasil as vanguardas abstracionistas da Europa.
Dois anos depois, viajou para Paris, onde estudou gravura na École National Supérieure des Beaux-Arts. As pinturas e gravuras de Octávio Araújo ficaram marcadas pela influência de pintores flamengos, alemães e italianos dos séculos 15 e 16. Outra influência, apontam os críticos, foi o surrealismo, especialmente pela apresentação de uma atmosfera onírica que mistura, por exemplo, imagens de animais, objetos e ruínas.
Octávio Araújo morreu em 25 de junho de 2015, em São Paulo, aos 89 anos. Ele foi internado no Hospital Universitário da USP com uma infecção urinária e não resistiu.
O corpo do pintor e desenhista foi cremado na Vila Alpina – bairro na região Sudeste da capital que concentra a maior colônia de imigrantes russos da cidade, país com o qual o artista teve fortes relações.
“Ele era um grande craque do desenho”, afirma o amigo e também artista plástico Cirton Genar. “Ele teve uma grande atuação na pintura brasileira desde a época do pós-guerra, trabalhou com pintores como Cândido Portinari – todos o respeitavam porque ele sabia quase tudo”, diz.
(Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/1461037 – DIÁRIO DO GRANDE ABC – Cultura & Lazer – 29 de junho de 2015)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/artes – 1715221 – CULTURA – ARTES – O ESTADO DE S.PAULO – 28 Junho 2015)
(Fonte: https://www.bemparana.com.br/noticia/393212 – TELEVISÃO E GENTE – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 28 Junho 2015)