Kenneth Olsen (Bridgeport, 20 de fevereiro de 1926 – Lincoln, 6 de fevereiro de 2011), o pioneiro da indústria de computadores que cofundou a fabricante de minicomputadores Digital Equipment Corporation (DEC)
Olsen será lembrado pelo papel fundamental que teve em pelo menos uma revolução tecnológica: a migração dos mainframes para minicomputadores.
Kenneth Harry Olsen frequentou a escola de eletrônica por um ano, enquanto servia a Marinha dos Estados Unidos. Trabalhando como técnico de campo, sua paixão por eletrônica e seu conhecimento cresceram.
Durante seu tempo no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) após a Marinha, Olsen projetou o computador Whirlwind, o primeiro computador de tempo real. Olsen permaneceu na equipe do Laboratório de Computação Digital do MIT por sete anos.
Com um investimento de 70 mil dólares cedido pelo genaral Georges F. Doriot, da American Research and Deveolpment Corp., Olsen cofundou a Digital Equipment Corporation (DEC) com seu colega do MIT Harlan Anderson em Maynard, Massachusetts, em 1957. A empresa começou a desenvolver o primeiro computador interativo de pequeno porte e a produzir módulos de circuitos lógicos, que eram usados para testar equipamentos eletrônicos.
Olsen atuou como presidente da empresa desde a fundação, em 1957, até sua aposentadoria em 1992. Em 1960, a DEC produziu o PDP-1. A DEC decolou com o PDP-8, o primeiro minicomputador produzido em massa, que foi fabricado entre 1965 e 1984. O PDP-11, produzido pela DEC em 1970, tornou-se o minicomputador mais popular da história.
Olsen deixou a Digital em 1992, praticamente de forma forçada numa época em que jovens executivos da era PC usurparam a autoridade da geração que floresceu com o minicomputador.
Olsen era conhecido por ser um tanto rude em algumas declarações. Numa época em que a TI corporativa se espalhava para além do confinamento dos departamentos de CPD entre os anos de 1980 e 1990, ele poderia ser bastante crítico em relação às pessoas que eram de fora da área de tecnologia. “O mundo todo está ficando louco porque todo o software e todo o marketing são conduzidos por pessoas que nunca comandaram uma empresa”, disse Olsen numa entrevista ao IDG News Service em 1998, seis anos depois de ter deixado a Digital.
Ele defendia, contudo, uma abordagem equilibrada de gestão. “O primeiro problema é tentar conseguir com que as pessoas se organizem (nos negócios) com sabedoria, com bom senso”, disse na mesma entrevista.
Para compartilhar sua paixão por computadores com o público, Olsen cofundou o Computer Museum, localizado inicialmente em Marlborough, Massachusetts, em 1979. Mais tarde, o museu seria transferido para Boston. Em 1999 o museu fechou, mas boa parte de seu acervo é agora parte do Museu de Ciência de Boston.
Kenneth Olsen morreu no sábado (5/2), aos 84 anos.
(Fonte: http://www.fenainfo.org.br/info_ler.php?id=35837 – Federação Nacional das Empresas de Informática)