Zalman King, roteirista do filme ‘Nove Semanas e Meia de Amor’

Zalman King (Trento, Nova Jersey, 23 de maio de 1942 – Santa Mônica, Califórnia, 3 de fevereiro de 2012), ator, diretor, produtor e roteirista do filme ‘Nove Semanas e Meia de Amor’

Zalman Lefkovitz nasceu no dia 23 de maio de 1942 em Trento, Nova Jersey. Ele iniciou sua carreira artística como ator, na década de 1960, tendo feito participações especiais em algumas séries de TV.

Entre 1964 e 1979, King foi visto em episódios deAlfred Hitchcok Apresenta, Mr. Novak, Os Monstros, The Loner, Bonanza, O Agente da UNCLE, Cimarron Strip, Judd, Adam-12, Terra de Gigantes, Daniel Boone, Têmpera de Aço, The F.B.I. e As Panteras, entre outras, geralmente interpretando jovem arruaceiro ou desajustado.

Entre 1965 e 1967, King teve participações em vários episódios de Gunsmoke, entre eles, The Jailer, que também contou com as presenças de Bette Davis, Bruce Dern e Tom Skerritt. Já sua participação em Terra de Gigantes rendeu a Gary Conway, um dos protagonistas da série, uma costela quebrada, na cena em que ele e King brigam no episódio Perdidos.

Em 1969, King passou a integrar o elenco de The Young Lawyers, sobre um advogado (Lee J. Cobb) que contrata jovens auxiliares para prestarem serviços a clientes de baixa renda ou mesmo indigentes. King interpretou Aaron, um advogado idealista. A série foi cancelada em 1971, com apenas 24 episódios produzidos. Apesar da curta duração, a série ganhou uma versão em quadrinhos.

Na década de 1980, ele passou a atuar também como produtor e diretor. Entre 1992 e 1996, dirigiu e produziu a série O Diário dos Sapatos Vermelhos, do canal Showtime, estrelada por David Duchovny. Ele também fez ChromiumBlue.com e  Body Language.

No cinema, King dirigiu o filme Orquídea Selvageme Um Toque de Sedução, além de produzir Nove Semanas e Meia de Amor e Marcas de uma Paixão, entre outros.

Zalman King começou a carreira como ator em séries de TV (“As Panteras”, “Gunsmoke”) e atuou em filmes B, como o cultuado “Blue Sunshine” (1978), sobre um tipo de LSD que provocava calvície e instintos homicidas -não necessariamente nessa ordem.

Mas foi no pornô “soft” que ele deixou sua marca. Em 1988, dirigiu “Um Toque de Sedução”, em que a espetacular Sherilyn Fenn (“Twin Peaks”) fugia da monotonia do noivado com um almofadinha e caía nos braços de um brutamontes sexy, que era funcionário de um parque de diversões.

Em 1990, King veio ao Brasil rodar “Orquídea Selvagem”, filme que causou comoção mundo afora por uma suposta cena de sexo real entre Mickey Rourke e a modelo e atriz Carré Otis.

Nos anos 1990, King fez sucesso com “Diário Íntimo”, um drama erótico feito para a televisão e estrelado por David Duchovny, de “Arquivo X”. King depois adaptou o filme em uma série, que durou até 1997.

Em 1986, King escreveu e produziu “Nove Semanas e Meia de Amor”, um drama erótico dirigido por Adrian Lyne que marcou, junto com “Wall Street”, de Oliver Stone, o ápice do cinema “yuppie” da era Reagan.

A história envolvia um investidor de Wall Street (Mickey Rourke) e uma funcionária de uma galeria de arte (Kim Basinger), que começam um romance tórrido, quase todo passado num apartamento luxuoso.

Usando uma estética de comercial de TV, então rara, King e Lyne fizeram um longo videoclipe erótico, que se tornou uma grande influência estética. Não foram poucos os clipes musicais da época que copiaram seu visual “néon-chique”.

“Nove Semanas e Meia de Amor” não foi um grande sucesso em cinemas, mas -surpresa- arrebentou quando lançado em VHS. O filme capturou a libido de casais mundo afora.

Por aqui, o filme será lembrado pela cena de um túnel que começa no Rio de Janeiro e termina, na Bahia.

Desde 1963 ele era casado com Patricia Louisianna Knopp, produtora e roteirista, com quem teve duas filhas, Chloe King e Gillian Lefkowitz.

Zalman King faleceu em Santa Mônica, Califórnia, dia 3 de fevereiro de 2012, aos 69 anos, vítima de câncer. 

(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/falecimentos/zalman-king-1942-2012 – Fernanda Furquim/ Nova Temporada – 03/02/2012)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/24565- ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – FOCO – 8 de fevereiro de 2012)

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