Lev (Leon) Davidovitch Bronstein (Yanovka, Ucrânia, 7 de novembro de 1879 – Coyoacán, México, 21 de agosto de 1940), conhecido como Trótski, foi um intelectual, aventureiro, espécie de Che Guevara, dotado de uma vitalidade transbordante.
Filho de um comerciante judeu na cidade de Yanovka, na Ucrânia, em novembro de 1879 – começou a interessar-se por política aos 16 anos de idade. Dois anos depois foi preso e em 1900 deportado para a Sibéria, de onde fugiria em 1902.
Durante os quinze anos seguintes ele conheceria a trajetória clássica dos revolucionários russos da época, entremeando temporadas de exílio na Áustria, França, Suíça e mesmo nos Estados Unidos.
Participou da revolução de 1905 e foi novamente deportado para a Sibéria, de onde fugiu pela segunda vez em 1907, numa longa e perigosa viagem de trenó através da tundra até os Montes Urais.
Diretor durante vários anos de um jornal de Viena editado pelos mencheviques – os revolucionários russos não-comunistas – em oposição ao Pravda de Petrogrado, editado pelos bolcheviques, Trótski foi apelidado pelos companheiros de Piero (a pena, em russo) pela virtuosidade de seus artigos revolucionários.
(Fonte: Veja, 7 de novembro de 1979 – Edição 583 – HISTÓRIA/ Por Pedro Cavalcanti – Pág: 68/77)