João Batista Mascarenhas de Morais (São Gabriel, 13 de novembro de 1883 – Rio de Janeiro, 17 de setembro de 1968), um homem enérgico, silencioso, disciplinador e hábil estrategista, que ocupou a maior parte de seus 84 anos somente com as tarefas militares. Gaúcho de São Gabriel, nasceu em 13 de novembro de 1883, levou essas virtudes para a Itália durante a II Guerra Mundial, quando comandou a Força Expedicionária Brasileira em 239 dias de combate, de setembro de 1944 a maio de 1945.
A FEB foi organizada em agosto de 1943 e extinta em 1946 – Mascarenhas de Morais transformou seus 25 334 soldados, a maioria sem nenhuma experiência militar, numa divisão homogênea e eficiente. Obteve quatro vitórias que ajudaram a libertar o Norte da Itália – batalhas de Monte Castelo, Castelnuovo, Montese e Fornovo – e perdeu 470 homens, entre mortos e desaparecidos.
Militar, cursou a Escola Preparatória e de Tática do Rio Pardo (RS), entre 1899 e 1902.
Mascarenhas de Morais chegara ao Rio de Janeiro em 1902 para ingressar na Escola Militar da Praia Vermelha e fez todos os cursos de carreira.
Quando o General Dutra, Ministro da Guerra em 1943, foi buscá-lo para chefiar as tropas brasileiras, Mascarenhas era general-de-divisão no Nordeste. Em 1946, a Assembléia Nacional Constituinte lhe concedeu a honra de ser o único marechal na ativa do Exército Brasileiro.
O Brasil, que declara guerra ao Eixo em 1942, preparou uma divisão de 25 mil homens sob o comando do General Mascarenhas de Morais equipada com material bélico americano. Os brasileiros se celebrizaram pela conquista de Monte Castelo onde tiveram o maior número de baixas na campanha de 1944.
O General Mascarenhas de Morais morreu no Rio de Janeiro em 1968.
(Fonte: Veja, 25 de setembro de 1968 – Edição 3 – Editora Abril – Pág; 24/25)