Considerado a primeira abordagem histórica do país
Frei Vicente do Salvador (Salvador, 20 de dezembro de 1564 – Salvador, 1636), foi o primeiro crítico dos trópicos
Historia do Brasil (1627), foi a primeira obra escrita ainda no tempo da colônia. Faz crítica à Coroa e levou mais de 200 anos para ser publicada. O primeiro livro de História do Brasil foi escrito em 1627, por frei Vicente do Salvador, um franciscano nascido na Bahia, em dezembro de 1564 que ousou fazer críticas à metrópole portuguesa, pagando o preço de ser mantido em silêncio por dois séculos.
Seu livro só foi publicado em 1889, quando até a Independência (1822) já fora proclamada. Nossa História nunca foi escrita por um processo lento e progressivo, mas aos saltos. País onde a maioria de pobres e ricos nunca cultivou o gosto por ler nem escrever.
Historia do Brazil recupera o texto pioneiro de frei Vicente do Salvador, escrito no século XVII.
Se a carta de Pero Vaz de Caminha é a certidão de nascimento do Brasil, o livro Historia do Brazil é o documento de identidade. Escrito entre os anos de 1626 e 1630 pelo frade franciscano Vicente do Salvador.
Escrito no século XVII por frei Vicente do Salvador, o texto é considerado a primeira abordagem histórica do país, o que dá ao seu autor o título de pai da historiografia brasileira.Em ordem cronológica, o livro apresenta um relato dos 130 anos de colônia.
Vicente do Salvador foi dos primeiros a atacar o descaso dos portugueses pelo interior da colônia.
O historiador é também um crítico da ganância mercantilista dos portugueses. Condenava as ambições de enriquecimento rápido, com o objetivo de transferir fortuna para Portugal, prática que era incentivada pela coroa. Como se vê, frei Vicente do Salvador não foi apenas o primeiro historiador do Brasil: também foi um dos mais perceptivos.
(Fonte: Veja, 24 de dezembro de 2008 – Edição 2092 – Historia/Livros – Por Leonardo Coutinho/Jerônimo Teixeira – Pág; 126/127)
(Fonte: Veja, 8 de outubro de 1997 – ANO 30 – Nº 40 – Edição 1516 – Livros/ Por João Gabriel de Lima, Ricardo Valladares e Neuza Sanches – Pág: 132/133/134/135)