Guerino Cicon, herói de luta livre, foi um dos principais intérpretes nacionais do personagem Fantomas

0
Powered by Rock Convert

Por trás da máscara de Fantomas

 

 

Guerino Cicon (1933-2009), um marceneiro com quase dois metros de altura e mais de cem quilos. Um dos principais intérpretes nacionais do personagem Fantomas, herói de luta livre popularizado na TV entre os anos 60 e 80.

 

Nos combates, Fantomas fingia ter uma das pernas endurecidas, uma tática para ludibriar os adversários. Mas o estratagema custou caro: de tanto levar golpes nas pernas, sofreu um desgaste excessivo na cartilagem dos joelhos. Depois que as lutas acabaram, trabalhou como segurança até se aposentar.

 

 

Não era nada mole liquidar Fantomas, um homem de pedra nos ringues, já alertava o locutor. Herói do telecatch -espetáculo de luta livre popularizado pela TV entre os anos 60 e 80 no país-, o mascarado justiceiro escondia sob a fantasia preta com detalhes brancos a identidade de Guerino Cicon, um marceneiro de Piracicaba (SP) de quase dois metros e mais de 100 kg.

 

 

E não adiantava recorrer a táticas torpes, como “chutar violentamente a região baixa” de Fantomas. Moicano e Cantinflas já tentaram isso numa luta e nada conseguiram.

 

 

De uma família de italianos, mudou-se para SP nos anos 60. Praticava natação e halterofilia, o que o ajudou a entrar no mundo das lutas, área em que foi muito feliz, diz a filha Idely, com a voz embargada.

 

 

Ela lembra que os shows costumavam fechar o Pacaembu, de tão cheio. Seu pai conheceu o país em turnês.

 

 

Nos combates, Guerino fingia ter uma das pernas endurecidas. Era uma tática. E ele já se machucou de verdade? A princípio, a filha diz que não. Depois lembra que o pai já quebrou o dente, a clavícula, um dedo, entre outros.

 

 

Depois que as lutas acabaram, trabalhou como segurança, até se aposentar.

 

Há cerca de um ano, em 2008, vivendo na Cohab, passou a sofrer com problemas circulatórios e de diabetes. Estava internado há cinco meses e teve um dedo, e depois a perna, amputados.

 

Guerino Cicon faleceu no dia 28 de março, em São Paulo, aos 75 anos.

 

(Fonte: Zero Hora – ANO 45 –N°15.924 – TRIBUTO / MEMÓRIA – 07/04/09 – Pág; 44)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano / COTIDIANO / Por ESTÊVÃO BERTONI / DA REPORTAGEM LOCAL – São Paulo, 6 de abril de 2009)

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados.

Powered by Rock Convert
Share.