Massao Ohno: foi um ‘artista-editor’
Massao Ohno (Sorocaba, São Paulo, 1936 – Sorocaba, julho de 2010), não exerceu odontologia e fundou editora consagrada pelas obras de poesia e apuro gráfico. Ohno foi, durante cinco décadas, um dos principais editores independentes do Brasil. Por seu trabalho artesanal, era mais um artista do livro que um empresário.
Filho de imigrantes japoneses, Ohno, que nasceu em Sorocaba, em 1936, unia qualidades das duas tradições que carregava. Era japonês na obstinação e no cuidado com que investia em seus projetos, livros de pequenas tiragem, mas de um criativo e original apuro técnico. E era brasileiro na ainda que discreta irreverência e na eterna curiosidade pela novidade.
Paulistano, formado em odontologia, jamais exerceu a profissão. Em meados da década de 50, deu início – com a publicação de apostilas para cursinhos – às atividades da Massao Ohno Editora, que se tornaria célebre no país, por seu apuro visual e extraordinária sensibilidade para a poesia.
Em 1961, Massao lançou a Antologia dos Novíssimos e, em 1963, Paranoia, de Roberto Piva, dois marcos no cenário poético brasileiro.
Claudio Willer, Carlos Wogt, Eunice Arruda, Álvaro de Faria e especialmente Hilda Hilst (1930-2004), uma das principais poetas brasileiras, também ganharam projeção a partir da Massao Ohno Editora.
Massao Ohno representou uma época de atividade cultural intensa, e em São Paulo a editora foi determinante.
(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral -,565785 – GERAL – O ESTADO DE S. PAULO – 13 Junho 2010)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema -,10000000843 – CULTURA – CINEMA – 29 Outubro 2015)