Por que departamentos de defesa estão criando programas de aceleração
Governos querem que as gigantes de defesa atuem lado a lado com startups
“A busca por inovações em defesa tende a crescer.”
JAY HARRISON, diretor da MD5, aceleradora de startups do Departamento de Defesa do governo americano
A indústria de defesa é das mais agressivas na inovação — nomes como Raytheon, BAE Systems e Lockheed Martin empurram os limites da tecnologia. Nos últimos anos, porém, governos perceberam que as grandes não bastam para fazer frente a ameaças como drones e inteligência artificial. Por isso, parte da verba governamental vem sendo usada para alimentar aceleradoras especializadas em tecnologias estratégicas.
A Força Aérea tem uma aceleradora própria e faz o mesmo movimento. Já a britânica Dasa passa este ano a trabalhar com uma gama mais ampla de startups, do estágio inicial às de porte médio. A pioneira no setor é a israelense iHLS, que atua desde 2013 e tem patrocínio privado. França e Índia tentam o caminho dos fundos governamentais de venture capital para startups de defesa, criados, respectivamente, em 2017 e 2018.
US$ 742 BILHÕES é o gasto previsto do governo dos Estados Unidos com defesa em 2023. O orçamento de 2018 foi de US$ 639 bilhões
20 EMPRESAS concentram cerca de 74% do faturamento global dos setores de defesa e aeroespacial. São gigantes como a americana Lockheed Martin e a britânica BAE Systems
3 ÁREAS principais representam grande parte das preocupações das forças armadas: guerra cibernética, drones e robótica
50 STARTUPS passaram desde 2013 pela israelense iHLS, pioneira entre aceleradoras especializadas em tecnologia com uso militar
(Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2019/04 – MUNDO / NOTÍCIA / POR CARLA ARANHA E MARCOS CORONATO (EDIÇÃO) – 12/04/2019)