A máquina não nos isola dos grandes problemas da natureza, mas nos mergulha mais fundo neles.

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O francês Antoine de Saint-Exupéry (1900 – 1944) sempre terá seu nome associado a O Pequeno Príncipe. O livro, publicado em 1943, tornou-se um dos mais famosos do século 20, talvez por unir reflexão profunda e leveza narrativa como poucos textos de seu tempo. Mas a história do menino perdido no deserto e vindo de outro planeta, traduzida para dezenas de idiomas, veio ao mundo quando seu autor já era um escritor reconhecido.

Filho de família aristocrática, Exupéry foi um dos primeiros aviadores da França, trabalhando para o serviço postal. Escreveu sobre essas vivências em livros premiados como Voo Noturno (1931) e Terra dos Homens (1939) – no qual está a frase (“A máquina não nos isola dos grandes problemas da natureza, mas nos mergulha mais fundo neles”).

A experiência decisiva para o piloto autor se deu em 1935 – uma queda de avião em pleno deserto do Saara. Exupéry e o navegador André Prévot milagrosamente sobreviveram ao acidente e a três dias de desidratação, vagando entre dunas e miragens, até serem resgatados por um beduíno. O episódio teve reflexos em Terra dos Homens e no próprio O Pequeno Príncipe.

Em 1944, Exupéry literalmente desapareceu no ar, depois de decolar para uma missão de reconhecimento de guerra, no Mediterrâneo. Vestígios de seus emblemas e de seu avião foram encontrados nos anos seguintes, contribuindo para que ele se tornasse – por sua obra e sua trajetória – um mito internacional.

(Fonte: wp.clicrbs.com.br – ANO 49 – Almanaque Gaúcho Postado por Luís Bissigo – 29/06/12)

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