A primeira equipe de arbitragem totalmente feminina durante a primeira edição da Copa do Mundo

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História da Copa do Mundo feminina: saiba como surgiu o Mundial

Competição inaugural foi realizada na China, em 1991, e teve o time dos Estados Unidos como primeiro campeão

A primeira equipe de arbitragem totalmente feminina durante a primeira edição da Copa do Mundo em 1991: a brasileira Claudia de Vasconcelos integrava o trio — (Foto: GETTY IMAGES)

 

 

Copa do Mundo feminina está apenas na sua 9ª edição. Porém, já está carregada de história. Gols, partidas e jogadoras anotaram seus nomes na história do futebol mundial desde 1991, quando foi realizada a primeira edição oficial do torneio, segundo a Fifa. Mas, na verdade, há relatos de competição entre mulheres bem antes disso.

A primeira competição de fato organizada pela entidade maior do futebol mundial foi bem diferente do que é hoje. Na época, apenas 12 seleções participaram das 26 partidas do evento que ocorreu na China, em novembro de 1991. Pela primeira vez também na história da Fifa foram escaladas árbitras e auxiliares em partidas oficiais. A brasileira Claudia de Vasconcelos, por exemplo, ficou responsável pela disputa de 3º lugar entre Suécia e Alemanha – as suecas levaram a melhor por 4 a 0.

Os Estados Unidos, hoje maior vencedor do torneio com quatro conquistas, foram os campeões logo na estreia. A equipe norte-americana venceu a Noruega na grande final por 2 a 1. Aquele esquadrão tinha três jogadoras que acabaram sendo apelidadas de ‘Faca de Três Gumes’ pela imprensa. Michelle Akers, Carin Jennings e April Heinrichs marcaram 20 dos 25 gols da vitoriosa campanha.

As dúvidas e desconfianças que cercaram os momentos pré-competição logo cessaram. Mais de meio milhão de torcedores prestigiaram a primeira Copa feminina in loco, sendo que a final contou com um público de 65 mil torcedores no estádio Tianhe, em Guangzhou. João Havelange, presidente da Fifa na época, disse que “o futebol feminino está agora bem e verdadeiramente estabelecido.”

Apesar do reconhecido sucesso, a luta por igualdade com o futebol masculino continua até os dias de hoje. Na época, por exemplo, as partidas tinhas duração de apenas 80 minutos, pois acreditava-se que as mulheres não tinham capacidade física de aguentar tanto quanto os homens. Heinrichs, capitã dos EUA na época, chegou a ironizar quem fazia tal afirmativa dizendo que os organizadores “tinham medo de que nossos ovários caíssem se jogássemos os 90 minutos”. Em 1995, então, os jogos femininos passaram a ter maior duração.

Diferenças gritantes ainda estão presentes no dia de hoje. Recentemente, o jornal espanhol Marca divulgou um ranking com as jogadoras mais bem pagas do mundo. A brasileira Marta lidera a lista com salário anual de cerca de US$ 400 mil, aproximadamente R$1,94 milhão. Comparada a Neymar, o principal jogador brasileiro na atualidade, seus ganhos equivalem a 1%.

A diferença fica ainda maior ao notar que as mulheres que disputavam as Copas não tinham premiação em dinheiro até a edição de 2007. O tratamento era – e ainda é – muito diferente. Enquanto homens ficavam em quartos de hotéis luxuosos e individuais, as mulheres eram obrigadas a dividir todas um único quarto em estabelecimentos bem mais humildes. Os próprios uniformes eram confeccionados pensando no corpo masculino e não no feminino.

Técnica da seleção brasileira, a sueca Pia Sundhage marcou presença em campo na primeira edição da Copa do Mundo feminina.

(Créditos autorais: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/07/20 – MUNDO/ NOTÍCIA/ Por Julia Braun, BBC – 

(Créditos autorais: https://www.terra.com.br/esportes/futebol – ESPORTES/ FUTEBOL/ FUTEBOL FEMININO/ por Estadão Conteúdo – 13 jul 2023)

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