QUEIRÓS, RAQUEL DE (Fortaleza, CE, 1910- ), escritora e jornalista brasileira. Iniciou-se na imprensa, em 1926, publicando crônicas e poemas, e no ano seguinte lançava seu primeiro romance, História de Um Nome, sob a forma de folhetim. Teve papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino. Preocupada com questões sociais e hábil na análise psicológica de suas personagens, fixou em alguns romances (O QUINZE, 1930; João Miguel, 1932; Caminho de Pedras, 1937; As Três Marias, 1939) aspectos de seu Estado natal, o Ceará, e nas peças Lampião (1953) e A Beata Maria do Egito (1958) narrou os horrores do cangaço. Estabelecida no Rio de Janeiro a partir de 1939, escreveu para a maioria dos jornais cariocas, além de manter uma coluna permanente na revista O Cruzeiro depois de 1954. Suas inúmeras crônicas foram reunidas em livros como A Donzela e a Moura Torta (1948), 100 Crônicas Escolhidas (1958) e O Brasileiro Perplexo – Histórias e Crônicas (1963). Em agosto de 1977, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, passando a ser a primeira mulher no Brasil a ocupar um lugar entre os imortais.
(Fonte: Enciclopédia Nova Cultural)