Houve uma safra de mulheres talentosas e belas que floresceu no rádio e na TV de Porto Alegre na década de 60 do século XX. Rochelle Hudson, com uma voz refinada, despontava no radioteatro e nos programas da Rádio Gaúcha. Na TV que recém engatinhava surgiam nomes como Margarida Spessato, Lélia Parizotto, Marina Conter e Marly Chassot, que se apresentavam ao vivo, às vezes de improviso. Margarida Spessato marcou fortemente o imaginário dos fãs pela carreira meteórica e pela morte precoce em 9 de outubro de 1966, aos 28 anos.
Margarida, que nasceu em Taquara em 1938, começou a carreira como manequim do costureiro Rui Spohr em 1956, mas foi também comerciária e bancária. Além do trabalho na TV, conquistou espaço como modelo para revistas de projeção nacional, a começar por Manchete e Cruzeiro, sempre fotografada por profissionais experientes como Waldir Bicca de Figueiredo e João Alberto F. da Silva. Quando se casou com Fernando Miranda, em maio de 1963, isso se transformou num teste para seu carisma: recebeu milhares de felicitações.
Ao morrer precocemente, Margarida teve, na manifestação de fãs inconsoláveis, nova comprovação de sua popularidade.
(Fonte: Zero Hora Ano 45 N° 15.808 Almanaque Gaúcho Túnel do Tempo Olyr Zavaschi 10 de dezembro 2008 Colaboração de Guilherme Ely, de Porto Alegre – Pág; 54)