Aage Niels Bohr, cientista e físico dinamarquês que laureado com o Prêmio Nobel de Física em 1975

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Aage Niels Bohr

Aage Bohr e seu pai Niels Bohr, os dois Prêmio Nobel de Física. (Foto: AIP Emílio Segre Visual Archi

Aage Bohr, do Instituto Niels Bohr, de Copenhague, foi premiado pela Academia Sueca de Ciências, com o Nobel de Física, dia 17 de outubro de 1975, em Estocolmo, aos 53 anos, por sua descoberta “da relação entre o movimento coletivo e o movimento das partículas no núcleo atômico e pelo desenvolvimento da teoria da estrutura do núcleo atômico, baseado nessa relação.

(Fonte: Veja, 22 de outubro de 1975 – Edição 372 -– Datas -– Pág: 98)

 

 

 

Aage Niels Bohr (Copenhague, 19 de junho de 1922 – Copenhague, 8 de setembro de 2009), cientista e físico dinamarquês que laureado com o Prêmio Nobel de Física em 1975.

Curioso destino o de Aage Niels Bohr. Nascido em Copenhague em 19 de junho de 1922, podia vangloriar-se de ter tido, criança, vários “tios” prêmio Nobel de Física que muitas vezes passavam pela casa de seu pai. Como muitos meninos, ele chamava assim os amigos da família e, assim, viu passar tio Heisenberg e tio Pauli, para citar apenas dois.

É preciso dizer que Aage Bohr era filho de ninguém mais que Niels Bohr, mentor de toda uma geração de criadores da física quântica e ele próprio prêmio Nobel de Física.

Sua avó paterna sendo oriunda de uma rica família judia dinamarquesa, Aage e seu pai acabaram por deixar a Dinamarca em 1943 com toda a família, em parte para evitar serem inquietados pelas perseguições nazistas. Aage Bohr interrompeu, portanto, momentaneamente, os estudos que tinha empreendido na Universidade de Copenhague, em 1941, e seguiu seu pai a Los Alamos, Novo México (EUA), em 1944.

É preciso que se diga que Niels Bohr tinha proposto um dos primeiros modelos do núcleo, aquele da gota líquida, e foi o primeiro a dar com John Wheeler uma teoria da fissão nuclear. Richard Feynman conta em “O Senhor Está Brincando, Sr. Feynman!” como, o então jovem doutor em Física em Los Alamos, tinha ficado estupefato quando Aage Bohr o abordou a pedido de seu pai, que queria falar-lhe pessoalmente.

É preciso dizer que quando falava de Física, Feynman se esquecia – como que por encantamento -, com quem estava lidando, não hesitando em, com toda cerimônia, contradizer seu interlocutor. Niels Bohr estava de fato irritado com a deferência, o que o impedia de saber se, o que ele e seu filho propunham para melhorar a eficiência da bomba atômica, era absurdo ou não.

É claro que, em tal contexto, Aage Bohr não podia senão tornar-se um físico nuclear de ponta… Em 1946, ele obtém seu Master em Física, antes de se voltar para trabalhos sobre a estrutura dos núcleos que lhe valeram o Prêmio Nobel de Física em 1975, com seu colega e amigo Ben Roy Mottelson.

Neste meio tempo, após seu doutorado, ele esteve no Institute for Advance Study, de Princeton (EUA), em 1948, e trabalhou com Isidor Isaac Rabi, na Universidade de Columbia (EUA), de 1949 a 1950. Voltou à Universidade de Copenhague em 1956, sucedendo seu pai na direção do Instituto de Física Teórica que tem seu nome.

(Fonte: Futura Sciences (Tradução – MIA).
(Fonte: http://lqes.iqm.unicamp.br/canal cientifico)

Nota do Manager Editor: o Livro “O Senhor Está Brincando, Sr. Feynman!”, de autoria de Richard Phillips Feynman foi publicado em português pela Editora Elsevier, em 2006 (ISBN: 8535219935).

Premiado: dia 17 de outubro de 1975, em Estocolmo, pela Academia Sueca de Ciências, com o Nobel de Física, o pesquisador americano, James Rainwater, 58 anos, da Universidade de Colúmbia; e os dinamarqueses Aage Bohr, 53 anos, do Instituto Niels Bohr, de Copenhague e Ben Mottelson, 49 anos, do Instituto Nórdico de Tecnologia da mesma cidade; por sua descoberta “da relação entre o movimento coletivo e o movimento das partículas no núcleo atômico e pelo desenvolvimento da teoria da estrutura do núcleo atômico, baseado nessa relação”.

(Fonte: Veja, 22 de outubro de 1975 – Edição 372 -– Datas -– Pág: 98)

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