Adelaide Carraro (30 de julho de 1936 – São Paulo, 7 de janeiro de 1992), uma das escritoras mais censuradas e detidas durante o regime militar, que tinha tempo e disposição para praticar bobagens desse tipo. Adelaide jamais admitiu uma militância na esquerda nem a acusação de que seus livros, ingênuos aos olhos contemporâneos, atentavam contra a moral.
Com o explosivo romance Eu e o Governador sobre um suposto e apimentado affair com o político Jânio Quadros -, a escritora paulista virou sinônimo de pornografia. Especializou-se no gênero e foi um fenômeno de vendas em sua época.
Orfã aos sete anos, criada num orfanato até a adolescência, ela escreveu mais de quarenta livros, mas era autora de uma obra só: Eu e o Governador, baseado num suposto romance com Jânio Quadros. Adelaide morreu dia 7 de janeiro de 1992, aos 65 anos, de câncer, São Paulo.
(Fonte: Veja, 15 de janeiro de 1992 Edição 1217 Datas Pág; 70)
(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/dica-de-leitura – Livros & Filmes/ Por Ricardo Setti – 24/06/2012)