Adolfo dos Santos Aveiro, o Jéca Tatú Gaúcho

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Adolfo dos Santos Aveiro (1º de novembro de 1884 – 7 de janeiro de 1964), o Jéca Tatú Gaúcho

Para a maioria dos brasileiros, Jéca Tatú é o personagem que o escritor Monteiro Lobato criou por volta de 1914 e que representa o caipira pobre e despreparado do Interior. Alguns associam também a figura de Mazzaropi (num filme de 1959). Muitos, ainda, lembram do Almanaque do Biotônico Fontoura. Mas, para os gaúchos mais antigos, Jéca Tatú é, principalmente, um grande humorista do rádio e dos palcos do Sul. Seu nome verdadeiro era Adolfo dos Santos Aveiro, filho de portugueses estabelecidos em Pelotas com armazém de secos e molhados. Ele nasceu em 1º de novembro de 1884. Na União Operária descobriu, num grupo de teatro amador, sua vocação para o teatro.

O jovem bem-educado, bem apessoado e um folgadão de espírito alegre ficava cada vez mais conhecido. Depois de uma turnê pelo Estado, a Companhia de Revistas Cancela e Zapparolli, na qual Aveiro trabalhava, chegou à Capital para uma temporada no Teatro Coliseu. Peças como O Maneca, Pelotas por um Canudo, O Pausinho, Rio Nu, Não Vou no Pacote ou 21 na Zona fizeram grande sucesso. Em 1919, ele adotou o apelido de Jéca Tatú.

Com a segunda mulher, Amália, e o filho Ubirajara (que ficou conhecido no mundo artístico como Bebeto), sua companhia fez diversas apresentações pelo Uruguai e Argentina, sempre com grande sucesso. Nos anos de 1930, a população estava de volta ao rádio e é lá que Jéca Tatú obtém sucesso artístico e financeiro. Dinheiro, sempre ganhou e perdeu muito. Em 1935, ele trouxe alegria às comemorações do Centenário Farroupilha. Durante a II Guerra, alegrava a galera com suas piadas. Morreu em 7 de janeiro de 1964.

(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.692 – 20 de março de 2014 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves (colaborou José Jardim – Pág: 58)

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