Membro da ABL
Escritor, diplomata e político, Affonso Arinos ocupava a cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Affonso Arinos de Mello Franco Filho (Belo Horizonte, 11 de novembro de 1930 – 15 de março de 2020), acadêmico e diplomata. Franco também colaborou no jornalismo para veículos impressos e da TV.
Era parte de uma família de intelectuais: filho do imortal, ex-deputado e ex-senador Afonso Arinos de Mello Franco, responsável por criar a primeira lei contra o racismo no país; sobrinho-neto de Afonso Arinos, um dos mais importantes escritores sertanistas, e do político e diplomata Afrânio de Mello Franco. Afonso Arinos de Mello Franco também era avô do colunista de O GLOBO Bernardo Mello Franco.
Nascido em Belo Horizonte (MG) em novembro de 1930, Afonso concluiu o curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, atual UFRJ, nos anos 1950. Foi embaixador na Bolívia, Venezuela, Santa Sé e Holanda. Também atuou na política, elegendo-se deputado estadual, e, posteriormente federal, do então Estado da Guanabara, na década de 1960.
Por conta da vida diplomática, Afonso Arinos viveu em 11 países, esteve com presidentes, ministros e com o Papa João Paulo II.
Paralelamente à atuação como diplomata e político, Afonso Arinos também era escritor, com 13 livros publicados, como “Introdução ao Brasil holandês” (1995) e “Pelo sertão: histórias e paisagens” (2006).
Affonso assumiu seu posto na Academia Brasileira de Letras em 22 de julho de 1999. Eleito em 22 de julho de 1999 em substituição a Antonio Houaiss, Afonso Arinos foi o sexto ocupante da cadeira 17. Em 26 de novembro de 1999, ele foi recebido na ABL pelo acadêmico José Sarney.
Figura presente em muitas áreas, Affonso foi diplomata, além de atuar na política do País, principalmente no anos 60. Foi deputado federal pelo Estado da Guanabara e participou da Assembleia Constituinte e Legislativa do instinto estado, em 1961.
O acadêmico Affonso Arinos, sexto ocupante da cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL) fez curso de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, em 1949-1953.
Em 1952 iniciou a carreira de Diplomata como cônsul de terceira classe e em 1953 fez estágio na Divisão de Questões Jurídicas do Departamento Jurídico das Nações Unidas, em Nova York. Às suas funções e cargos, no Brasil e no exterior, somam-se atividades jornalísticas e de divulgação cultural, legislativas e docentes.
Carreira
Eleito em 22 de julho de 1999 para a Academia Brasileira de Letras, Affonso Arinos de Mello Franco foi o sexto ocupante da cadeira nº 17 e sucedeu o também diplomata e filólogo Antônio Houaiss.
De 1964 a 1965 foi professor de Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de Letras da Universidade de Brasília. No jornalismo foi colaborador da revista Manchete, correspondente do Jornal do Brasil, em Roma, colaborador da Tribuna da Imprensa, revista Fatos e Fotos/Gente, e da TV Educativa. Arinos trabalhou também no Jornal do Commercio e escreveu artigos para a revista Época, e os jornais O Metropolitano, A Noite, Correio Braziliense, Revista Civilização Brasileira e Revista Nacional.
Também estabeleceu laços de amizade com importantes nomes da literatura brasileira, como Paulo Mendes Campos e Rubem Braga, entre outros.
Affonso Arinos faleceu em 15 de março de 2020, em casa, aos 89 anos de idade, vítima de problemas respiratórios.
O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, lamentou a perda do amigo. “Perco um amigo querido. Um homem probo e severo. Um grande brasileiro”.
E lembrou a carreira do embaixador Affonso Arinos. “Foi um memorialista de águas cristalinas e dotado de profunda intuição”.
“O embaixador Afonso Arinos de Mello Franco foi um memorialista de águas cristalinas. Dotado de profunda intuição, compreendeu, como poucos, o sentimento do tempo: a longa duração diante da impermanência”, escreveu o presidente da ABL, Marco Lucchesi. “Foi também um ensaísta primoroso, arguto e sutil. Escreveu sobre dois amigos notáveis: Vinicius de Moraes e Guimarães Rosa. Afonso foi um historiador atento às raízes do Brasil, com larga erudição, além de profundo italianista. Conhecia bem Dante e Varnhagen, Machado e Manzoni. Perco um amigo querido. Um homem probo e severo. Um grande brasileiro.”
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – EDIÇÃO Nº 1162 – ECONOMIA / GIRO / Por Agência Brasil – 15/03/20)
(Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/03/15 – NOTÍCIA / Por G1 Rio – 15/03/2020)
(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.659 – 16 DE MARÇO de 2020 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)