Aimé Césare, uma das principais vozes do Movimento Negritude
Aimé Césaire Aimé Césaire (Basse-Pointe, Martinica, 26 de junho de 1913 – Fort-de-France, 17 de abril de 2008), poeta que fez parte do movimento político e literário a negritude, uma das principais vozes na luta contra o colonialismo francês.
Ao lado do senegalês Léopold Senghor e Léon-Gontran Damas da Guiana, Césaire participou na corrente da negritude, um movimento político e literário criado nos anos 30 para combater o colonialismo e racismo francês. O autor do Diário de um Regresso ao País Natal dedicou toda a sua vida à poesia e à política, tendo sido presidente da Câmara de Fort-de-France durante 56 anos (1945-2001) e deputado (1945-1993).
Na comemoração do 94º aniversário de Aimé Césaire em 2007, o presidente francês homenageou o poeta, apelidando-o de homem de ação, portador de uma mensagem de paz, de tolerância e abertura, numa carta tornada pública pelo Eliseu. Contudo, a relação entre o poeta e Nicolas Sarkozy nem sempre foi pacífica. Em 2005, Aimé Césaire recusou encontrar-se com o então ministro do Interior numa viagem de Sarkozy às Antilhas,que depois viria a ser anulada. Finalmente, em 2006, o poeta recebeu o atual Presidente francês.
Além de poesia, Aimé Césaire tem uma vasta obra publicada nas áreas do teatro, ensaio e história. Em Portugal estão publicadas, entre outras, as obras “Discurso Sobre o Colonialismo” (1978) e “E os Cães Deixaram de Ladrar” (1975).
Aimé Césare morreu dia 17 de abril de 2008, aos 94 anos, num hospital em Fort-de-France. O escritor de Martinica encontrava-se hospitalizado há cerca de uma semana devido a problemas cardíacos.
(Fonte: http://www.publico.pt/Cultura – Por Filipa Cardoso – 17.04.2008)