Albert Maysles em foto de 2012
(Foto: Evan Agostini/Invision/AP)
Cineasta dirigiu mais de 40 filmes, como ‘Gimme shelter’, sobre os Rolling Stones, e ‘Grey gardens’
Albert Maysles (Brookline, Massachusetts, 26 de novembro de 1926 – Nova York, em 5 de março de 2015), diretor de documentário sobre Rolling Stones, cineasta americano ficou famoso pelo documentário “Gimme Shelter”
Entre as obras mais famosas do cineasta, que por boa parte da carreira trabalhou com o irmão, David, estavam “Gimme shelter”, sobre os Rolling Stones, lançado em 1970, “What’s Happening! The Beatles in the U.S.A”., de 1964, sobre a primeira visita dos fab four aos Estados Unidos, e o curta indicado ao Oscar “Christo’s Valley Curtain”, de 1968.
Considerado o “decano dos documentários” por sua longa e brilhante trajetória, Maysles foi um dos maiores expoentes do “cinema verdade” no gênero de documentários. Em seu trabalho, não entrevistava as pessoas que eram objeto de filmagem e não seguia um roteiro, ou narração.
Entre seus marcos, está a viagem feita à então União Soviética, em 1955, para capturar a vida nos hospitais psiquiátricos. O resultado dessa aventura, “Psychiatry in Russia”, foi o início de uma carreira, na qual brilhou junto com seu irmão, David, falecido em 1987.
Adepto do cinéma vérité (“A disposição natural da câmera é buscar a realidade”, dizia), Albert estudou psicologia antes de migrar para os estudos de cinema. Após uma viagem para a Rússia, onde fotografou um hospital psiquiátrico, foi convidado a voltar pela CBS, dessa vez com uma câmera de vídeo, para rodar seu primeiro documentário, “Psychiatry in Russia”, de 1955.
Em 1970, Albert conquistou fama mundial, com o documentário “Gimme Shelter”, sobre a banda britânica The Rolling Stones. O filme registra o trágico desfecho do show de Altamont (EUA), com quatro espectadores mortos em meio à caótica organização do evento.
Em uma entrevista em 2007, Albert disse que era “uma pena” que os diretores não estivessem filmando documentários com a ambição de “dizer a verdade” e baseados “em mais observação no lugar de controlar as coisas”.
Com 49 obras no currículo como diretor e mais 74 como diretor de fotografia, Maysles finalizava “In transit”. Previsto para ser lançado em abril de 2015, o documentário acompanha uma jornada a bordo da mais longa e mais movimentada rota de trem dos Estados Unidos, investigando “os corações e mentes dos passageiros diários”.
Em 2005, fundou o Maysles Documentary Center. A organização, sem fins lucrativos, é destinada à exibição e produção de documentários que inspirem o diálogo e ação no Harlem, bairro pobre da cidade de Nova York.
Albert Maysles morreu em Nova York, em 5 de março de 2015, aos 88 anos, de câncer do pâncreas.
(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2015/03 – CINEMA – Da France Presse – 06/03/2015)
(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/filmes -15521778#ixzz3TeSgOrT6 – CULTURA – FILMES – POR O GLOBO – 06/03/2015)
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